Um grupo de candidatos ao concurso da Polícia Militar de Pernambuco
esteve no Ministério Público, nessa segunda-feira (06) para protocolar
documento apontando supostas irregularidades na primeira etapa da
seleção. O grupo pede a anulação da prova. O promotor de Justiça Eduardo
Cajueiro adiantou que por enquanto não há indícios para questionar a
legalidade do concurso.
“Peço aos candidatos que tragam denúncias concretas para podermos
instruir o procedimento. O Ministério Público trabalha com provas
plausíveis, porque depois de recebermos as queixas vamos buscar ouvir a
organizadora do concurso, a Secretaria de Defesa Social, e precisamos
ter uma documentação consistente”, afirmou Cajueiro, que atua na
Promotoria de Defesa do Patrimônio Público da Capital. Apesar das
denúnicas, a SDS garantiu que a seleção está mantida.
O
MPPE vai apurar se houve falhas na fiscalização das provas objetivas e
se essas falhas atentaram contra a legalidade do certame. O
promotor ainda se comprometeu a receber e investigar todas as situações
em que ficarem caracterizados prejuízos à coletividade, já que não é
papel do Ministério Público atuar em casos individuais.
Os candidatos explicaram ao representante do MPPE que em muitos
locais de prova ocorreram problemas quanto à revista pessoal, falta de
informações sobre o tempo de prova, atraso no início das provas em razão
de quedas de energia e falta de registro das ocorrências em ata nos
locais de prova. No dia do concurso, um grupo suspeito de tentativa de fraude foi preso pela Polícia Civil.
Quanto ao pedido de cancelamento das provas objetivas, feito pela
comissão de candidatos, o promotor de Justiça Eduardo Cajueiro deixou
claro que as investigações ainda estão começando.
“A gente entende que as situações que cada um de nós presenciou não
são isoladas, mas fatos coletivos que prejudicaram muitos candidatos. O
que nos mobilizou a procurar o MPPE é a revolta de saber que, após uma
prova cansativa, não apenas pela exigência intelectual, mas também pelas
circunstâncias desgastantes em que esse concurso ocorreu, o resultado
pode ser alterado por atitudes desonestas”,disse Felipe Rocha, um dos
candidatos ao concurso da PM.
Com informações da assessoria do MPPE
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