terça-feira, 7 de junho de 2016

MPPE afirma que ainda não há indícios para questionar concurso da PM

No total, há 1,5 mil vagas para soldado da Polícia Militar de Pernambuco. Foto: JC Imagem
Do JC
Um grupo de candidatos ao concurso da Polícia Militar de Pernambuco esteve no Ministério Público, nessa segunda-feira (06) para protocolar documento apontando supostas irregularidades na primeira etapa da seleção. O grupo pede a anulação da prova. O promotor de Justiça Eduardo Cajueiro adiantou que por enquanto não há indícios para questionar a legalidade do concurso.
“Peço aos candidatos que tragam denúncias concretas para podermos instruir o procedimento. O Ministério Público trabalha com provas plausíveis, porque depois de recebermos as queixas vamos buscar ouvir a organizadora do concurso, a Secretaria de Defesa Social, e precisamos ter uma documentação consistente”, afirmou Cajueiro, que atua na Promotoria de Defesa do Patrimônio Público da Capital. Apesar das denúnicas, a SDS garantiu que a seleção está mantida.
O MPPE vai apurar se houve falhas na fiscalização das provas objetivas e se essas falhas atentaram contra a legalidade do certame. O promotor ainda se comprometeu a receber e investigar todas as situações em que ficarem caracterizados prejuízos à coletividade, já que não é papel do Ministério Público atuar em casos individuais.
Os candidatos explicaram ao representante do MPPE que em muitos locais de prova ocorreram problemas quanto à revista pessoal, falta de informações sobre o tempo de prova, atraso no início das provas em razão de quedas de energia e falta de registro das ocorrências em ata nos locais de prova. No dia do concurso, um grupo suspeito de tentativa de fraude foi preso pela Polícia Civil.
Quanto ao pedido de cancelamento das provas objetivas, feito pela comissão de candidatos, o promotor de Justiça Eduardo Cajueiro deixou claro que as investigações ainda estão começando.
“A gente entende que as situações que cada um de nós presenciou não são isoladas, mas fatos coletivos que prejudicaram muitos candidatos. O que nos mobilizou a procurar o MPPE é a revolta de saber que, após uma prova cansativa, não apenas pela exigência intelectual, mas também pelas circunstâncias desgastantes em que esse concurso ocorreu, o resultado pode ser alterado por atitudes desonestas”,disse Felipe Rocha, um dos candidatos ao concurso da PM.
Com informações da assessoria do MPPE

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