sexta-feira, 26 de julho de 2024

Morre, aos 88 anos, o xilogravurista pernambucano J. Borges

 

A causa da morte e detalhes sobre o velório e sepultamento ainda não foram divulgados por familiares (Foto: Museu do Pontal/Divulgação)

O xilogravurista pernambucano José Francisco Borges morreu aos 88 anos nesta sexta-feira (26). A causa da morte e detalhes sobre o velório e sepultamento ainda não foram divulgados por familiares.


O artista, conhecido mundialmente por J. Borges, é um dos mais famosos xilogravuristas do estado. Além disso, é um dos Patrimônios Vivos de Pernambuco.

Trajetória

J. Borges nasceu em 20 de dezembro de 1935 em Bezerros, no Agreste de Pernambuco, Ele iniciou a vida artística desde cedo, confeccionando brinquedos artesanais e vendendo livros de cordel. Com 21 anos de idade, começou a escrever cordéis e fez “O Encontro de Dois Vaqueiros no Sertão de Petrolina", que foi xilogravada por Mestre Dila. O cordel vendeu mais de cinco mil exemplares em apenas dois meses.

O trabalho do artista foi descoberto por colecionadores e marchands e ganhou visibilidade nacional. As gravuras de J.Borges foram utilizadas na televisão na década de 1970 e ele começou a gravar matrizes dissociadas dos cordéis, de maior tamanho. Com isso, o xilogravista chegou a expor suas obras em outros países, como Suíça, México e Estados Unidos. Além disso, ele chegou a dar aulas de xilogravura e entalhamento na Europa e nos Estados Unidos.

Ele também ilustrou a capa de livros de escritores como Eduardo Galeano e José Saramago, inspirou documentários e o desfile da escola de samba Acadêmicos da Rocinha, em 2018.

Suas xilogravuras ganharam admiradores de peso, como o escritor Ariano Suassuna. O artista tem vários prêmios, como a comenda da Ordem do Mérito Cultural, o prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) na categoria Ação Educativa/Cultural.

Em Bezerros, foi inaugurado o Memorial J. Borges, com exposição de parte de sua obra e objetos pessoais. Em janeiro de 2022, o artista teve as obras expostas no Museu de Arte do Rio. A exposição “J. Borges – O Mestre da Xilogravura”, reuniu 40 xilogravuras, sendo 10 obras inéditas, 10 matrizes inéditas e as 20 obras mais importantes da sua carreira, com temas que retratam a trajetória de vida do artista.
 
J. Borges fez uma parceria de anos com o Diario de Pernambuco, assinando todas as artes do recall de marcas mais importantes do estado, o Marcas Preferidas, desde 2016. Diário de PE

terça-feira, 23 de julho de 2024

Estudo vê chance de recuperação de meio milhão de hectares de caatinga

 

(Imagem ilustrativa)

Um levantamento feito pela fundação holandesa IDH, com apoio do instituto de pesquisa WRI Brasil, mostra que há, pelo menos, meio milhão de hectares de caatinga com potencial de restauração. Segundo o estudo, divulgado nesta terça-feira (23), em São Paulo, as áreas ficam no Cariri Ocidental, na Paraíba; no Sertão do Pajeú, em Pernambuco; e no Sertão do Apodi, no Rio Grande do Norte.

A pesquisa destaca que a vegetação nativa restaurada  poderá oferecer oportunidades econômicas sustentáveis, proporcionando renda e empregos para as populações locais. Entre outros benefícios, a restauração da mata local traria regulação hídrica, estabilização do solo e controle da erosão.

“A conservação e a restauração da paisagem na caatinga são cruciais para a resiliência climática, a segurança hídrica e a sobrevivência de suas comunidades”, diz a coordenadora de projetos do WRI Brasil e uma das autoras do trabalho, Luciana Alves.

Os arranjos de restauração mais indicados para os territórios analisados são o Sistema AgroFlorestal (SAF) forrageiro, tendo a palma forrageira (Opuntia fícus-indica) como espécie principal; o SAF Melífero, focado em espécies para apicultura e meliponicultura; o SAF Frutífero, combinando árvores com espécies frutíferas, forrageiras e agrícolas; a Integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) de caprinocultura com produção de forragem e árvores; a Regeneração Natural Assistida (RNA); a Restauração Ativa, com plantio de mudas e sementes; e a Restauração Hidroambiental, baseada em intervenções para reverter a degradação e restaurar solo e vegetação, indica a  pesquisa.

Recursos internacionais

“Pela forte intersecção com a agenda climática, a restauração da caatinga poderá se beneficiar significativamente de recursos internacionais e privados destinados ao fortalecimento dessa agenda”, destaca Luciana.

Dos seis biomas que ocupam o território nacional, a caatinga é o único exclusivamente brasileiro. Ocupando aproximadamente 850 mil quilômetros quadrados, é a região do semiárido mais densamente povoada do mundo porque aproximadamente 27 milhões de pessoas vivem nela.

Em junho deste ano, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) anunciou a seleção de 12 projetos prioritários para a criação de unidades de conservação federais no bioma caatinga, a serem implantadas até 2026, que resultarão no aumento de mais de um milhão de hectares das áreas protegidas.

Agência Brasil e Mais Pb

Notas antigas de real vão sair de circulação; saiba como identificar

 

Notas da primeira família do real serão recolhidasALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO - 12.06.2024

O Banco Central vai tirar de circulação as notas antigas de real. Elas fazem parte da primeira geração das cédulas de R$ 2, R$ 5, R$ 10, R$ 20, R$ 50 e R$ 100, produzidas entre 1994 e 2010, ao substituir o cruzeiro real. Essas cédulas não vão perder o valor. Por isso, quem tiver poderá usá-las normalmente.

“Importante salientar que essas notas permanecem com o seu poder de compra, e a população pode continuar utilizando-as normalmente nas suas transações diárias, tanto para pagamentos como recebimentos”, afirma o Banco Central em nota.Do R7