Foto: Katherine Coutinho/G1
Morreu, nesta sexta-feira (9), no Hospital da Restauração (HR), na área central do Recife, Roberta da Silva, de 33 anos, a mulher trans que teve 40% do corpo queimado por um adolescente, no Centro, em 24 de junho. O óbito ocorreu às 9h, segundo a assessoria de comunicação da unidade de saúde.
Ainda de acordo com o HR, Roberta da Silva sofreu falências respiratória e renal. O quadro de saúde dela se agravou nas últimas horas. A equipe médica da Unidade de Queimados do HR pensou em realizar hemodiálise, mas não foi possível.
Roberta da Silva passou por várias cirurgias, ao longo de 15 dias de internação. Primeiro, teve o braço esquerdo amputado, em 26 de junho.
Mesmo com os cuidados, Roberta apresentou necrose progressiva. Quatro dias depois, os médicos removeram parte do braço direito, preservando apenas um pedaço acima do cotovelo.
No dia 5 de julho, a situação dela começou a se agravar. Levada para a unidade de Terapia Intensiva (UTI), a vítima teve que ser intubada.
Logo depois do crime, o médico Marcos Barretto, chefe da Unidade de Queimados do HR, informou que Roberta chegou a relatar que foi queimada quando estava dormindo.
O especialista disse, ainda, que ela teve comprometimento na cabeça, além de lesões graves em várias partes do corpo.
A Polícia Civil abriu um inquérito para apura o caso. O adolescente flagrado após o crime foi apreendido e está em uma instituição para infratores.
O crime contra Roberta gerou grande repercussão. Ele é um dos casos de violência praticados contra mulheres trans, em um mês, no estado. Foram registrados três assassinatos, no período.
No dia 28 de junho, dia do Orgulho LGBTQIA+, manifestantes pediram o fim da violência contra as mulheres trans. No ato, no Centro do recife, eles lembraram o caso de Roberta.
O governador de Pernambuco Paulo Câmara (PSB) afirmou que o estado criou um grupo para acompanhar a violência contra as mulheres trans. Ele disse que “não vai tolerar isso”. G1 PE
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