terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Garoto internado por beber lança-perfume em São Paulo

Um menino de 1 ano e dez meses foi encaminhado a um hospital em estado grave após beber lança-perfume na madrugada de ontem no Capão Redondo, Zona Sul de São Paulo. O pai da criança, de 24 anos, e a mãe, de 21, foram presos em flagrante. Os pais do garoto disseram à polícia e aos médicos que ele tinha bebido cloro que estava em uma garrafa de refrigerante, mas depois assumiram que o menino ingeriu o entorpecente após o pai deixar a droga sobre uma mesa. Exames feitos em um hospital detectaram que o menino teve uma overdose.

De acordo com a Polícia Civil, na primeira vez que criança foi encaminhada a um hospital, ela foi medicada e liberada porque estava consciente e tinha ingerido cloro. Trinta minutos depois, os pais levaram o garoto novamente à unidade de saúde porque ele estava vomitando e estava em estado de coma. Os médicos constataram que o menino havia usado drogas.

Segundo a polícia, os pais mudaram a versão e disseram que o filho bebeu lança-perfume quando estava com um estranho em uma festa e que só perceberam quando o garoto foi devolvido com a boca ferida.

Os policiais militares que atenderam a ocorrência disseram que os pais do menino não demonstraram preocupação com o estado do filho. De forma agressiva, eles também se recusaram a ir a uma delegacia e afirmaram que o caso não se tratava de ocorrência policial.

Eles foram convencidos a ir a um DP e deram a terceira versão sobre o caso em depoimento à Polícia Civil. O casal disse que estava em casa e que o pai do menino usou a droga. Ela foi deixada em uma garrafa pet com o rótulo de um refrigerante em um dos móveis da sala, ao alcance da criança. Sem saber o conteúdo da embalagem, o menino bebeu.

Eles disseram ter levado a criança rapidamente ao pronto-socorro, mas, com medo de serem presos, disseram aos médicos que o menino havia bebido cloro. Os policiais apreenderam na casa uma garrafa de 600 ml vazia, com rótulo de refrigerante. O caso foi registrado como abandono de incapaz.

 Jornal do Commercio

Nenhum comentário:

Postar um comentário