quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Delegada diz não descartar motivação passional ou vingança em chacina

Até agora a principal linha mantida pela polícia aponta o filho do casal, o estudante Marcelo Pesseghini, 13 anos. Foto: Facebook/Reprodução
Até agora a principal linha mantida pela polícia aponta o filho do casal, o estudante Marcelo Pesseghini, 13 anos. Foto: Facebook/Reprodução
O caso da chacina de Vila Brasilândia que deixou cinco mortos em uma casa do bairro da zona norte de São Paulo pode ter uma reviravolta. A chefe do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), delegada Elizabete Sato, afirmou na tarde de ontem ao site UOL que não estão descartadas outras hipóteses, como crime passional ou vingança. “Esta é uma das hipóteses, isto não está descartado”, disse ela. Esta é a segunda vez que a polícia especifica outras linhas de investigação além de latrocínio, que foi descartado logo no início. Anteontem, em entrevista a uma rádio, já havia sido apontada a hipótese de vingança.

Até agora a principal linha mantida pela polícia aponta o filho do casal, o estudante Marcelo Pesseghini, 13 anos, como responsável pelo assassinato do pai dele, o sargento da Rota (tropa de elite da Polícia Militar paulista) Luís Marcelo Pesseghini, 40, e da mãe, a cabo da PM Andréia Pesseghini, 36, além da avó e da tia-avó do adolescente.

Segundo a delegada, que não entrou em detalhes sobre os desdobramentos da investigação, a próxima etapa da investigação tentará traçar o perfil do casal de PMs. Para isso, foram chamados para depor pelo menos quatro policiais da Rota que trabalhavam e eram próximos do sargento Luís Marcelo. Outros quatro PMs que trabalhavam com a cabo Andréia no 18º Batalhão, na Freguesia do Ó, também serão ouvidos.

De acordo com a delegada, o local do crime “não estava idôneo”, ou seja, preservado para perícia, no dia em que policiais civis foram atender a ocorrência, na segunda-feira da semana passada (5/08), pouco depois das 18h. No dia do crime, cerca de 200 policiais foram até a casa onde a família foi morta.

Investigação
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo divulgou nota dizendo que a informação passada pela delegada “não expressa os resultados obtidos na investigação do crime até o presente momento” e que Sato afirmou “que todas as informações que chegarem ao departamento serão verificadas na investigação”.

“O DHPP, em todos os contatos com a imprensa, informou que a principal linha de investigação é a de que o estudante Marcelo Pesseghini é o responsável pelas mortes da família. No entanto, sempre se afirmou que outras hipóteses serão checadas”, diz a nota. “Sobre essa suposta nova fase de investigação, esclarecemos que desde o início dos trabalhos a Polícia Civil, em cada depoimento colhido, está construindo o perfil de cada vítima, uma vez que essa técnica é parte do processo investigatório.
”DIÁRIO DE PE

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