A Telexfree (Ympactus Comercial Ltda) está na mira da Agência Nacional
de Telecomunicações (Anatel). A empresa, que defende judicialmente atuar
em mercado de multinível comercializando o serviço de telefonia de voz
via internet, não possui outorga para atuar na atividade, o que invalida
qualquer comercialização ou até o uso destes produtos por partes dos
investidores e divulgadores. Uma fiscalização já foi feita na empresa
sob denúncia de atuar em segmento indevido. A reportagem do Diario teve
acesso ao relatório da Anatel que comprovou a irregularidade e
indicando o ajuste em 14 de maio. Até o fim da tarde de ontem, a empresa
permanecia sem as devidas licenças.
Segundo o relatório, a
empresa defendia que o programa não utilizava serviços de operadoras de
telefonia e se resumia a fazer chamadas de voz para telefones fixos e
móveis e entre computadores que utilizassem o software comercializado
por ela, todos utilizando conexão à internet independentes. Isso seria
um serviço agregado, sem exigência de outorgas para a empresa, apenas
para as operadoras vinculadas. Porém, foi verificado que era prestado o
serviço de conexão à internet, no qual eram realizadas as ligações,
passando a atuar em serviço de telecomunicações, setor regulamentado.
A Anatel foi procurada pela reportagem do Diario e
informou, por meio de assessoria de imprensa, que "o provimento de
Serviço de Conexão à Internet (SCI), que é um serviço de valor
adicionado conforme definido no artigo 61 da Lei Geral das
Telecomunicações (LGT), independentemente dos meios e tecnologias
utilizados, tais como acesso discado, radiofrequência, cabo, entre
outras, deverá estar associado a um serviço de telecomunicações
devidamente regulamentado pela Anatel. Os serviços de telecomunicações
que dão suporte ao provimento do SCI, por sua vez, só deverão ser
explorados por empresas que possuam concessão, permissão ou autorização
expedida pela Anatel”.
Nova pirâmide
Mais
uma empresa com suspeita de crime contra a economia popular entra nas
investigações policiais. O bombeiro pernambucano Nelson Régis D’Angelo
Junior, diretor da empresa Lucro Limpo (www.lucrolimpo.com.br),
é acusado de crime de formação de pirâmide financeira e está foragido,
levando o dinheiro de cerca de 60 pessoas lesadas. O delegado titular de
repressão ao estelionato, Rômulo Aires, afirma que as denúncias podem
indicar, posteriormente, ao crime de estelionato.
“Os novos
investidores adquiriam 40 cotas de R$ 70 (R$ 2,8 mil) e a promessa de
lucro exigia fazer divulgação na internet e um percentual por novas
adesões realizadas. Alguns afiliados investiram valores como R$ 20 mil,
R$ 28 mil”, afirma. O Corpo de Bombeiro Militar de Pernambuco informou
que o soldado foi identificado já responde ao processo de deserção
(abandono de trabalho sem justificativa).DIÁRIO DE PE
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