Chuvas Pode Ficar Abaixo da Média No Sertão diz, Agrônomo Paraíbano

FOTO GIRLENO VERAS

“Se não houver mudanças, a partir do aquecimento das águas do Atlântico sul, a quadra invernosa deste ano, para o sertão paraibano, será irregular e abaixo da média”. A afirmação é do agrônomo cajazeirense, Adalberto Nogueira, respeitado estudioso das questões climáticas, como base num trabalho técnico feito pela Somar meteorologia, com dados técnicos relacionados ao Oceano Pacífico, oferecido pelo satélite LOA para grandes institutos de meteorologia do mundo inteiro.

Na análise relacionada ao Oceano Pacífico, que ó oceano que define o comportamento do clima no mundo inteiro, fica claro, segundo Adalberto Nogueira, que ele se manterá neutro em 2014, fazendo com que as chuvas ocorram pelo dipolo do atlântico sul.

De acordo ainda com os estudos técnicos, a zona de convergência intertropical (ZCIT), não migrará para todo o sertão, somente os estados mais próximos da costa norte –centro do Rio Grande do Norte, norte do Ceará e áreas paraibanas mais próximas do Rio Grande do Norte, terão quadra chuvosa com acumulado entre a média e acima da média histórica.

Para o sertão de Cajazeiras e Sousa as previsões são de chuvas esparsas e mal distribuídas – Para o mês de janeiro, que apresenta uma média histórica de 100 mm de chuvas, deverá apresentar um desvio de 15% a menos, devendo chover em torno de 85 mm. Para o mês de fevereiro, a previsão é que as chuvas aconteçam dentro da média histórica, algo em torno de 115 mm. Já para o mês de março, a previsão é de uma perda de 20%, com relação à média histórica, o que representa cerca de 200 mm; Para o mês de abril a previsão é 125 mm de chuvas, 30% a menos e no mês maio a indicação é que ocorram chuvas irregulares, 15% abaixo da média, o que representaria apenas 60 milímetros.

Para a região de Patos, as previsões também não são animadoras

A esperança, de acordo com Adalberto Nogueira, é se ocorrer um aquecimento das águas do atlântico sul, que registre uma diferença de 1 grau em relação ao atlântico norte, o que forçaria o deslocamento das correntes das zonas de convergência para a região. “somente ocorrendo isso é que o quadro pode ser alterado”, resumiu.

O INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais deverá divulgar, no próximo dia 22, as previsões do órgão para o inverno nordestino.COM INFORMAÇÕES DO RADAR  SERTANEJO