No
alto sertão da Paraíba, no município de Sousa, a água de coco é
destaque nacional como uma das melhores do Brasil. Parte do cultivo é
feito em Várzea de Sousa. O perímetro tem área irrigável de 4.391
hectares, com produção média de 400 mil cocos por mês. A atividade gera
cerca de onze mil empregos diretos e indiretos, com distribuição local e
para Brasília, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.
Mesmo
no período de estiagem, a produção de coco em Várzea de Sousa ocorre
normalmente em virtude do uso do sistema de irrigação localizada, que
diminui o consumo de água. O solo fértil e o sol mais forte do sertão
também contribuem para a qualidade do fruto e deixam a água mais doce.
O
agricultor José Carlos Casimiro, que sempre trabalhou com plantio para
manter a renda familiar e produz em Várzea há mais de 14 anos, diz que a
irrigação localizada diminuiu o desperdício de água e melhorou a
produção. “Estou plantando e colhendo normalmente nos meus cinco
hectares. Com a irrigação localizada, eu só consumo a água necessária,
sem desperdício. Com isso, de 35 a 40 dias eu posso dar um corte no
coco”, conta Casimiro.
O perímetro, situado entre os municípios
de Sousa e Aparecida, é fruto da parceria do Ministério da Integração
Nacional, por meio da Secretaria Nacional de Irrigação (Senir), com o
Estado da Paraíba.
Para o secretário nacional de Irrigação,
Miguel Ivan, o apoio aos pequenos agricultores e modernização das
técnicas de irrigação trazem resultados satisfatórios. “Sabemos que esse
período de estiagem é difícil produzir no sertão, mas com as novas
tecnologias de irrigação é possível o cultivo. É importante manter a
renda e a produção dessas famílias”, conclui o secretário.CORREIO DA PB
Nenhum comentário:
Postar um comentário