sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Apesar da seca, perímetro irrigado no Sertão produz 400 mil cocos por mês e emprega 11 mil

Mesmo na estiagem, produção é normal
Mesmo na estiagem, produção é normal
No alto sertão da Paraíba, no município de Sousa, a água de coco é destaque nacional como uma das melhores do Brasil. Parte do cultivo é feito em Várzea de Sousa. O perímetro tem área irrigável de 4.391 hectares, com produção média de 400 mil cocos por mês. A atividade gera cerca de onze mil empregos diretos e indiretos, com distribuição local e para Brasília, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.

Mesmo no período de estiagem, a produção de coco em Várzea de Sousa ocorre normalmente em virtude do uso do sistema de irrigação localizada, que diminui o consumo de água. O solo fértil e o sol mais forte do sertão também contribuem para a qualidade do fruto e deixam a água mais doce.

O agricultor José Carlos Casimiro, que sempre trabalhou com plantio para manter a renda familiar e produz em Várzea há mais de 14 anos, diz que a irrigação localizada diminuiu o desperdício de água e melhorou a produção. “Estou plantando e colhendo normalmente nos meus cinco hectares. Com a irrigação localizada, eu só consumo a água necessária, sem desperdício. Com isso, de 35 a 40 dias eu posso dar um corte no coco”, conta Casimiro.

O perímetro, situado entre os municípios de Sousa e Aparecida, é fruto da parceria do Ministério da Integração Nacional, por meio da Secretaria Nacional de Irrigação (Senir), com o Estado da Paraíba.

Para o secretário nacional de Irrigação, Miguel Ivan, o apoio aos pequenos agricultores e modernização das técnicas de irrigação trazem resultados satisfatórios. “Sabemos que esse período de estiagem é difícil produzir no sertão, mas com as novas tecnologias de irrigação é possível o cultivo. É importante manter a renda e a produção dessas famílias”, conclui o secretário
.CORREIO DA PB

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