Fotos: Edmar Melo / JC Imagem
A
Ricaom, uma das empresas pernambucanas pioneiras na importação de motos
e bicicletas elétricas no Estado, acaba de mergulhar numa nova
empreitada. A marca iniciou, esta semana, as vendas de carros elétricos e
quer se firmar como a primeira do País a comercializar esses veículos
movidos a energia limpa. O automóvel já está disponível no Recife para
quem desembolsar R$ 49.546.
O carro
elétrico vendido por aqui é um compacto de dois lugares e de visual
exótico. Visto de longe, lembra o Mercedes Smart, mas quem se aproxima
tem a certeza de estar perto de um buggy moderno. Nada de sofisticação.
No painel, basicamente um velocímetro, indicador de nível de bateria e
um rádio simples. O teto é de lona.
Os bancos
são esportivos, tipo concha, e até os cintos lembram os de automóveis
de competição. Fabricado pela montadora Kandi, o compacto recebeu o nome
do Coco. Pesando 720 quilos, é um modelo com vocação urbana. A bateria
fica atrás dos bancos. Não há porta-malas, mas no espaço acima do motor é
possível levar pequenas bagagens.
Apesar de
não ter grandes sofisticações aparentes, numa circulada com o pequeno
chinês pelas ruas dá para ver o carisma dele se sobressair no
congestionamento. A sensação de pilotar o elétrico é bem diferente.
Primeiro, não faz barulho. O motorista conta apenas com dois pedais: o
do freio e o do acelerador. Não há a alavanca da marcha. É só acelerar e
frear, como nas motos mais simples. Para dar ré, basta apertar uma
tecla no console para ele ir para trás. Não há vidros nas janelas e as
portas são vazadas. As rodas são aro 13.
Para
perceber os pontos fracos, só rodando. A velocidade máxima está limitada
eletronicamente a 25 milhas por hora, equivalente a aproximadamente 45
km/h. No trânsito carregado não é problema. A bronca é quando o
motorista pisa mais e o motor não responde.
O diretor
da Ricaom e importador do veículo, Moacir Veloso, garante que está
alterando a programação para aumentar a velocidade e os próximos
exemplares já virão mais dispostos. Segundo ele, o veículo tem autonomia
para rodar 80 quilômetros e pode ser abastecido em qualquer tomada de
220 volts. O tempo vai de duas a seis horas. A recarga custa menos de R$
2 na conta de luz, de acordo com Moacir. DO JC
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