Pai de Moacir conta que levou um susto quando soube do tamanho do filho. (Foto: Luiza Mendonça / G1)Os pais são indígenas do povo Pankará, da Adeia Água Grande, em Carnaubeira da Penha, município no Sertão pernambucano. O bebê nasceu no município vizinho de Floresta, com nove meses, em uma cesárea. Marcionilio conta que a gravidez da esposa, que está no Sertão se recuperando da cirurgia, foi toda normal, e acompanhada por sete consultas pré-natal. Mas na última consulta, após um exame, o médico achou melhor encaminhar a gestante para a maternidade, e avisou que o bebê passaria dos cinco quilos. "A barriga era grande, e avisaram que seria um bebezão, mas não esperávamos tanto. Tomei um susto, mas só queria saber se eles estavam bem. Tiveram que fazer o corte da cirurgia em forma de T, para ele sair", conta.
Do enxoval, feito com o esforço de um empréstimo de cerca de R$ 1,6 mil, a única coisa que serviu foi o berço. "Nenhuma roupinha coube. Nem as fraldas, que eram todas tamanho P. Ele está vestindo G. Doei tudo para uma bebê que nasceu aqui no Barão de Lucena e só tinha uma roupinha. E já recebemos doações de fraldas. Mas ainda estamos precisando de roupas, só ganhamos três 'mijões' até agora, que só vai dar para voltar para o Sertão ", diz.
Pediatra nunca acompanhou recém-nascido tãogrande. (Foto: Luiza Mendonça / G1)
O casal tem outro filho, de três anos, que nasceu prematuro com oito meses mas, mesmo assim, com 4,2 kg, considerado muito até para um bebê que nasce com nove meses. Sobre a hipótese de um terceiro filho, Marcionilio é taxativo: "Não, já está bom. Até porque o médico brincou, dizendo que nesse ritmo, o próximo viria com dez quilos!", se diverte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário