Erros
em procedimentos, atendimentos via tabletes e consultas na internet
para receitar pacientes motivaram a Polícia Civil da cidade de
Mamanguape, Litoral Norte do estado, a investigar o técnico de
enfermagem Valclepson Figueiredo da Silva, 34 anos, que se apresentava
com médico em duas cidades da Paraíba.
De acordo com o delegado Seccional do Litoral Norte, Sterfersson
Nogueira, as investigações se iniciaram quando médicos do Hospital de
Mamanguape estranharam os procedimentos realizados por Valclepson
Figueiredo, que tinha um diploma falso de medicina da Universidade
Estadual de Pernambuco (UPE). A numeração do documento correspondia à
graduação de Pedagogia da UPE pertencente a uma pessoa, ainda
desconhecida.
“O falso médico atendia no Samu e hospital de
Mamanguape. Porém, em casos de urgência, ele encaminhava o paciente para
o hospital sem realizar nenhum procedimento. Os colegas de trabalho
começaram a estranhar o caso e denunciaram”, disse o delegado.
Durante
o processo de investigação, a Polícia Civil constatou que os pacientes
eram receitados após Valclepson Figueiredo consultar a internet. “Ele
sempre estava com o tablet na mão. Quando ia atender um paciente e o
caso era mais complexo, o falso médico consultava a internet para saber
qual o procedimento adequado. Ainda não sabemos quantas pessoas ele
atendeu, de forma ilegal, na Paraíba”, revelo Nogueira.
O
delegado confirmou que o técnico de enfermagem atuava nas cidades
paraibanas de Mamanguape e Conde, desde novembro de 2013 ao ter o
registro do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB)
autorizado. “Vamos notificar o CRM e a UPE para prestar esclarecimentos
de como ele conseguiu o registro do Conselho e o diploma falso na
universidade pernambucana. Estamos levantando e a procura de pessoas que
possam ter sofrido algum problema de saúde ao ser receitado por
Valclepson Figueiredo”, adiantou.
Valclepson Figueiredo vai
ser levado para a Cadeia Pública de Mamanguape. Inicialmente, ele vai
responder pelos crimes de estelionato, exercício ilegal da Medicina e
falsidade ideológica. Se condenado, o acusado deve pegar mais de 10 anos
de prisão.Correio da PB
Nenhum comentário:
Postar um comentário