
No momento da apreensão, a polícia ainda prendeu dois homens e uma mulher. Os três acabaram então denunciando o casal. Ao checar os antecedentes criminais, a polícia descobriu o indiciamento anterior pelo MPPE, e o casal também passou a ser procurado pelo Denarc. "Já temos algumas linhas de investigação. Temos esperanças de prendê-los”, garante o delegado João Leonardo.

Entre o material apreendido, estavam 31 espingardas calibre 12, dois fuzis, uma submetralhadora e uma pistola. Boa parte dessas armas é de uso restrito das Forças Armadas e seria vendida a assaltantes de bancos e carros-fortes, conforme as investigações. Também foram apreendidas dezenas de facões e munições para diversos tipos de revólveres. Nesse caso, a polícia acredita que o material era vendido a possíveis homicidas. Além disso, foram encontrados artefatos utilizados na fabricação de munições, como espoletas para explosivos.
"As armas eram vendidas para quadrilhas de todo o estado. E, com essa apreensão, esperamos que ocorra uma redução no número de homicídios e assaltos a bancos", afirma o delegado João Leonardo. Esta é a maior apreensão de armas realizada pelo Denarc desde a sua criação, em 2008. O arsenal era tão grande que a polícia precisou de dois dias para retirar todo o material do imóvel. Depois de periciadas, as armas serão encaminhadas ao Comando de Operações e Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil, localizado no bairro de São José, Centro do Recife. "Estamos pedindo ao Exército que destrua as armas", ressalta o delegado.
Os presos na última sexta vão responder por porte ilegal de arma de fogo, munição e artefatos para fabricação de munição. A pena pode chegar a 15 anos de reclusão. Enquanto aguardam julgamento, os dois homens estão no Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, Grande Recife. Já a mulher está na Colônia Penal Feminina do Recife, Zona Oeste da capital. Ainda segundo João Leonardo, a mulher e um dos suspeitos já têm passagem pela polícia pelo mesmo crime.
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