Do JC Online
Foto: Guga Matos/JC Imagem
Após duas salvas de palmas, o corpo de
Maria Alice Seabra, 19 anos, foi sepultado por volta das 12h30 desta
sexta-feira (26) no cemitério de Santo Amaro, Região Central do Recife. A
jovem foi estuprada e morta pelo padrasto, o mestre de obras Gildo
Xavier, 34, na última sexta-feira (19). Pouco antes do meio-dia, o
caixão com o corpo da jovem saiu da casa funerária em direção ao
cemitério. Inicialmente previsto para as 8h30, o enterro foi realizado
no começo da tarde porque houve atraso na entrega do atestado de óbito
da jovem, emitido em Igarassu, município da Região Metropolitana do
Recife (RMR).
O corpo de Maria Alice deixou o
Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife por volta das 8h e seguiu
para casa funerária Monte Verde, em Santo Amaro, onde começou a ser
velado. Familiares, amigos e pessoas que souberam do caso pela imprensa
se concentraram na frente da casa funerária. Parentes do assassino
confesso também estavam no local e foram bem recebidos pela família.
"Eles não têm culpa, estão sofrendo da mesma forma que a gente", disse
Valdeir Arruda, tio materno da vítima.
"Agora é com as justiças, de Deus e dos
homens", desabafou Valdeir Arruda, que também disse que o assassino
merece apodrecer na cadeia. "Monstro covarde, mexeu com uma menina que
nunca fez mal a ninguém". o tio paterno de Alice, Epaminondas Queiroz,
jamais suspeitou que Gildo pudesse fazer mal à garota.
Em confissão à delegada Gleide Ângelo,
do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) nessa
quinta-feira (25), Gildo Xavier, afirmou que o crime estava sendo
planejado há dois meses. Ele disse sentir forte atração sexual pela
jovem desde que ela tinha 16 anos. O agressor planejou drogar,
violentar, abandonar a jovem em algum lugar e desaparecer logo depois.
Na tarde da última sexta-feira (29),
Gildo Xavier enganou Maria Alice com uma falsa entrevista de emprego e,
já com a ideia de violentá-la, ele pegou o caminho da BR-101, no bairro
da Guabiraba, no Recife, próximo ao limite com o município de Paulista.
No carro, Gildo espancou a enteada e estuprou ela no banco de trás do
veículo. Logo depois, ele sufocou Maria Alice até a morte.
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