O craque brasileiro, também multado em 10 mil dólares, está
fora da partida deste domingo, contra a Venezuela, e também das quartas, semifinal
e final do torneio (ou decisão do terceiro lugar), caso a equipe avance. Neste
sábado, os fundamentos da decisão serão publicados e, a partir disso, a CBF
poderá recorrer. No entanto, na melhor das hipóteses, a suspensão de Neymar
cairá para três jogos, pena mínima que o faria voltar apenas na final, se o
Brasil chegar até lá.
Como se trata de um torneio de prazos curtos, o recurso será
avaliado por apenas uma pessoa, o equatoriano Guillermo Saltos, presidente da Câmara
de Apelações da Conmebol. Caso a seleção brasileira seja eliminada da Copa
América antes que Neymar termine de cumprir sua pena, ela será transferida para
a próxima edição do torneio.
Ou seja, se o atacante continuar suspenso por quatro jogos e
o Brasil for eliminado nas quartas de final, por exemplo, ele não poderá entrar
em campo nas duas primeiras partidas da Copa América do ano que vem, edição
especial do centenário do torneio, que será disputada nos Estados Unidos.
A reunião desta sexta-feira teve a presença do
vice-presidente do tribunal, o uruguaio Adrián Leiza, e do boliviano Alberto Lozada. O
presidente Caio César Vieira Rocha não participou por ser brasileiro, assim
como os membros Carlos Tapia, chileno como o trio de arbitragem, e Orlando
Morales, colombiano como Carlos Bacca, atacante que empurrou Neymar e foi
suspenso por dois jogos, além de receber uma multa de cinco mil dólares.
Membros dos mesmos países de réus não podem participar da decisão.
- Foi uma decisão muito discutida, muito analisada. Foi
difícil chegar a um consenso porque éramos apenas dois membros, não havia um
terceiro para desempatar a questão. Não fosse a agressão feita ao árbitro, um
oficial da partida, a pena teria sido menor. Isso foi o mais grave. A proposta
inicial era de aplicar a pena máxima, de cinco jogos, mas achamos muito pesada -
afirmou Lozada, que revelou que a bolada em Armero após o apito final, fato
desencadeador da confusão, não foi considerada como agressão ou indisciplina
por parte de Neymar.
O boliviano explicou também que o relatório do delegado da
partida não foi considerado no julgamento porque a súmula é o documento
oficial. Mas disse que o fiscal encontrou Osses bastante chateado no túnel. Ao
perguntar o motivo, o árbitro lhe relatou os puxões e palavrões proferidos pelo
jogador brasileiro.
- Se ele tivesse ficado em silêncio, o castigo seria menor -
completou Lozada.
A sentença só foi divulgada mais de uma hora
depois de ser decidida pelo Tribunal, que se recusou a dar qualquer informação
antes de a CBF ser notificada.Do G1
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