quarta-feira, 23 de março de 2016

Não tenho dúvida que o PMDB vai sair do governo, avalia Jarbas Vasconcelos

Deputado avalia que governo Dilma está perto do fim e tem mais 15 dias até votação do impeachment / Foto: JC Imagem
Profundo analista do cenário nacional, o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) avalia que o PMDB deve desembarcar do governo Dilma após a reunião do partido, marcada para dia 29 deste mês. Em entrevista nesta quarta-feira (23) o parlamentar opina que a situação de Dilma deve se resolver, por meio do impeachment, nos próximos 10 ou 15 dias. Ele também argumenta que é legítimo o movimento do vice-presidente Michel Temer (PMDB), que começar a ensaiar os passos para assumir o Planalto. 
"A decisão do partido de deixar ou não o governo está mantida para o dia 29. Então, na próxima terça feira, às 15h, o partido se reúne para isso. Não tenho dúvida de que será aprovada a saída do governo, isso desestrutura mais ainda uma coisa que já está desestruturada", afirmou. O pernambucano encontrou-se nessa terça-feira (22) com o presidente da Fundação Ulisses Guimarães, Moreira Franco.
Jarbas defende que Temer comece a delinear o processo sucessório e prega um governo de coalizão, inclusive com nomes do PT.


"A gente tem que agilizar e procurar os bons. Ele tem uma travessia longa e penosa, o País está esculhambado. então não é fácil. É preciso uma coalizão mais ampla possível e com pessoas boas. Ele não pode fazer governo só do PMDB. É necessário governo representativo e que possa expressar sentimento da maioria. Até o PT, ele tem que procurar, mesmo que o partido não aceite", afirmou.
Por ora, a avaliação é que há maioria para aprovar o rompimento com o governo. Até o momento, 14 diretórios estaduais já sinalizaram que são a favor do rompimento: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Espírito Santo, Distrito Federal, Goiás, Bahia, Pernambuco, Rondônia, Roraima, Tocantins, Paraíba e Acre.
Enquanto isso, o ex-presidente Lula assumiu a articulação política e já se encontrou com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e o ex-presidente José Sarney, que tem atuado para manter a aliança com o governo.
"O impeachment vai correr com tranquilidade. Se passar na Câmara, que eu acho que passa, chega como rolo compressor no Senado. Renan vai se ajustar, porque ele pode ser tudo, menos burro", cravou o deputado.Do JC

Nenhum comentário:

Postar um comentário