As piranhas são peixes carnívoros que têm dentes afiados. No Rio São Francisco, no trecho de Petrolina,
no Sertão pernambucano, desde o mês passado, pelo menos, quatro pessoas
relataram terem sido atacadas por piranhas. Com isso, banhistas temem
novos ataques e pescadores também sentem-se prejudicados, já que essas
espécies costumam fazer cortes nas redes de pesca.
A dona de casa, Joseane Silva, afirma que está entre as vítimas. Ela
conta que estava tomando banho no rio com as amigas na semana passada,
quando sentiu a mordida na mão. “Fiquei dentro da água batendo a mão.
Senti a mordida da piranha e saí correndo dentro da água, desesperada
porque estava sangrando muito”, disse a dona de casa.
Ela estava no raso e não percebeu a aproximação do peixe, pois a água
está turva. O biólogo do Centro de Manejo de Fauna de Caatinga
(Cemafauna), Augusto Luís Bentinho, afirma que o outono é o período de
reprodução dos peixes. “Durante a época de reprodução, estas espécies
têm o hábito de ir para o raso, não apenas para liberar os ovos, mas
também cuidar dos filhotes quando eles eclodem”, explicou.
No caso de ataque de piranhas, o Corpo de Bombeiros orienta que o ideal
é evitar estes locais durante o outono. “Caso aconteça um ataque,
procure estancar o sangue e vá a um posto de saúde mais próximo para
fazer a contenção do sangramento”, explicou o tenente dos Bombeiros,
Almery Ouriques.
Além dos banhistas, os pescadores também estão reclamando das piranhas
nesta época. “Ela corta a rede e está difícil pegar. Mas tem muita
piranha no rio, é um dos peixes que mais tem”, afirmou o pescador, Tadeu
Reis.
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