quinta-feira, 23 de junho de 2016

Polícia descarta inicialmente hipótese de homicídio de foragido da Operação Turbulência



Empresário foi encontrado morto em motel em Olinda ontem à noite / Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem

JC Online

A Secretaria de Defesa Social do Estado (SDS/PE) afirmou, em coletiva nesta quinta-feira (23), que praticamente descarta a possibilidade de homicídio do empresário Paulo César de Barros Morato. Segundo a SDS, tem-se considerado as chances de suicídio ou morte natural.


O empresário era foragido da Polícia Federal após a deflagração da Operação Turbulência e foi encontrado morto em um motel em Olinda. Com Morato, foram encontrados R$ 3 mil, sete pendrives, três cheques em branco, relógios e celulares.
O empresário é citado na operação da PF como proprietário de uma empresa de locação e terraplenagem chamada Câmara & Vasconlcelos. De acordo com a Polícia Federal, houve repasse de R$ 18,8 milhões da empreiteira OAS para a empresa. Vale lembrar que a OAS é investigada na Operação Lava Jato. De acordo com a empreiteira, os recursos foram pagamentos por serviços de terraplenagem em obras de transposição do Rio São Francisco, o que não foi feito, segundo a PF.
À Rádio Jornal, o legista Marco Justino afirmou que não foi encontrada nenhuma substância dentro do estômago do empresário. No entanto, há possibilidade de envenamento. O corpo de Paulo Morato está no IML, em Santo Amaro, área central do Recife, até a conclusão das perícias. "Não existia sinais de violência nem internamente ou externamente", afirmou o legista. A expectativa é de que o resultado do exame toxicológico saia já na próxima segunda-feira (27). 

A OPERAÇÃO - Na última terça (21), a Polícia Federal cumpriu quatro mandados de prisão preventiva contra suspeitos de integrar um esquema de lavagem de dinheiro. Empresas de fachada, constituídas em nome de 'laranjas', teriam movimentado ilegalmente mais de R$ 600 milhões desde 2010.
Segundo investigações da Polícia Federal, o montante adquirido no esquema de lavagem de dinheiro teria financiado campanhas de Eduardo Campos (PSB), inclusive a da presidência da República, em 2014. Em resposta às acusações, o PSB negou que tenha cometido algum tipo de ato ilícito. O senador Fernando Bezerra Coelho, que também teve o seu nome ligado às investigações, repudiou qualquer tipo de ligação com a Operação Turbulência.
A investigação teve início a partir de análises de movimentações financeiras de empresas envolvidas na aquisição da aeronave que transportava o ex-governador Eduardo Campos em seu acidente fatal.

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