terça-feira, 12 de julho de 2016

Dom Genival afirma que Igreja não pode se omitir em casos de pedofilia

Dom Genival
Dom Genival
O administrador apostólico da Arquidiocese da Paraíba, Dom Genival Saraiva de França, falou pela primeira vez com a imprensa local, na manhã desta terça-feira (12), no Palácio do Bispo, em João Pessoa. Ao Correio Debate da Rede Correio Sat, ele falou sobre a repercussão da saída de Dom Aldo e abordagens da imprensa nacional e internacional.
Dom Genival não quis aprofundar comentários e detalhes sobre suspeitas de pedofilia, mas falou que não pode se omitir em nenhuma situação. "Farei a leitura dos fatos, mas não posso antecipar encaminhamentos. Na minha condição de administrador não deve haver registros de omissão".
A respeito de escândalos envolvendo a Igreja Católica, Dom Genival também foi superficial e disse que casos como pedofilia, por exemplo, podem ocorrer em qualquer ambiente, não só na Igreja. Ele deixou claro que a Igreja tem um papel fundamental no combate. "Se há fatos de pedofilia, na Igreja ou nas famílias, a Igreja tem uma responsabilidade canônica e as normas são aplicadas para que não haja omissão. A Igreja como mãe amorosa já diz todos os fatos que e atitudes que um bispo deve tomar em casos que sejam de seu conhecimento".
No fim de semana passado, Dom Genival já teve o primeiro ato como substituto de Dom Aldo, apresentando o Decreto da Congregação para os Bispos com a nomeação do Papa Francisco, que o tornou administrador apostólico da Arquidiocese da Paraíba.

Dom Genival celebrou a primeira Missa no domingo (10), na Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves, no Centro de João Pessoa.

Dom Genival

Dom Genival Saraiva de França nasceu na cidade paraibana de Alcantil no dia 3 de abril de 1938. É filho de José Luiz de França e Maria Brasilina de França.

Cursou o primeiro ano ginasial no Seminário de Olinda, em 1952, como seminarista da Diocese de Nazaré da Mata (PE). Foi acolhido como seminarista na Diocese de Campina Grande (PB) por Dom Anselmo Pietrulla, passando a estudar, a partir de 1953, no Seminário Arquidiocesano da Paraíba, em João Pessoa, onde prosseguiu os estudos de nível e o Curso de Filosofia. Recebeu o Sacramento da Confirmação na Capela do Seminário, em João Pessoa, no dia 5 de junho de 1955, ministrado por Dom Manuel Pereira da Costa.

Fez o curso de Teologia no Seminário Maior de Viamão (RS), de 1961 a 1964. Foi ordenado padre no dia 1º de janeiro de 1965, na Catedral de Campina Grande, mediante a imposição das mãos de Dom Manuel Pereira da Costa. Completou sua formação acadêmica com o Curso de Licenciatura em Filosofia na Universidade Católica de Pernambuco, em 1970. Concluiu o Mestrado em Pedagogia na Pontifícia Universidade Salesiana de Roma, em 1981.

Na Diocese de Campina Grande exerceu, entre outras, as funções de reitor do Seminário Diocesano Cura d’Ars, pároco da Catedral, pároco da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, coordenador da Pastoral Diocesana, membro do Conselho Presbiteral, do Colégio dos Consultores e do Conselho de Assuntos Econômicos.

Vacante a Diocese de Campina Grande, em 1981, quando Dom Manuel Pereira da Costa tornou-se Bispo Emérito, foi escolhido Vigário Capitular (hoje chamado de administrador diocesano) até a posse de Dom Luís Gonzaga Fernandes, como Bispo Diocesano de Campina Grande, no dia 12 de setembro de 1981. Em 1986 foi nomeado Vigário Geral da Diocese. Atuou na Pastoral da Comunicação, na condição de apresentador de programas em rádios de Campina.

Exerceu atividades administrativas na rede escolar como diretor do Ginásio de Aplicação da Fundação Universidade Regional do Nordeste, vice-diretor do Colégio Estadual da Prata, diretor do Colégio Estadual José Pinheiro e Diretor do Colégio Diocesano Pio XI. Exerceu o magistério em escolas da rede pública e particular e no ensino superior na Universidade Estadual da Paraíba e na Universidade Federal da Paraíba - Campus II. Foi secretário de Educação e Cultura do Município de Campina Grande e Membro do Conselho Municipal de Educação de Campina Grande e do Conselho Estadual de Educação.

Foi nomeado Bispo Diocesano de Palmares (PE), pelo Papa João Paulo II, no dia 12 de julho de 2000. Recebeu a Ordenação Episcopal no dia 23 de setembro de 2000, em Celebração realizada no Ginásio de Esportes “O Meninão”, em Campina Grande, tendo como Bispo Ordenante Principal Dom Luís Gonzaga Fernandes e como Consagrantes Dom José Ivo Lorscheiter, Bispo de Santa Maria (RS) e Dom Acácio Rodrigues Alves, Bispo Emérito de Palmares (PE). O ato de posse como Bispo Diocesano de Palmares foi celebrado na Catedral de Palmares, no dia 28 de outubro de 2000, data comemorativa do 30º aniversário de Promulgação, pelo Papa Paulo VI, do Decreto Conciliar “Christus Dominus” que trata do Múnus Pastoral dos Bispos na Igreja.

Dom Genival foi Presidente do Regional Nordeste 2, eleito pelos Bispos do Regional para o período de 2011 a 2015. Pertence ao Conselho Permanente da CNBB. É membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Cedes) do Estado de Pernambuco
.Correio da PB

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