segunda-feira, 4 de julho de 2016

Mesmo liberado pelo IML, nenhum parente reclama corpo de empresário


SDS confirmou  que a causa da morte foi envenenamento por chumbinho / Sérgio Bernardo / JC Imagem

JC Online

Até este domingo (3), nenhum parente do empresário Paulo César de Barros Morato procurou o Instituto de Medicina Legal (IML) para reclamar o corpo, liberado pelo órgão desde a última sexta-feira (1). Morato foi encontrado morto no Motel Tititi, em Olinda, no dia 22 de junho. Ele é citado na Operação Turbulência, que investiga um esquema criminoso especializado em lavar dinheiro para abastecer campanhas políticas no Estado.
O gerente de Comunicação da Secretaria de Defesa Social do governo de Pernambuco, Otávio Toscano, disse nesse sábado (2) à Agência Brasil que “tudo leva a crer” que a morte do empresário investigado pela Operação Turbulência, da Polícia Federal, foi suicídio. “É absurdamente impossível o empresário ter sido assassinado”, acrescentou ele.
De acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS), após a liberação de um corpo, normalmente, o IML aguarda até 15 dias para que os familiares do morto procurem o órgão para dar início aos procedimentos de velório e sepultamento. Depois desse prazo, o instituto pede autorização à Justiça para que o enterro seja realizado pelo Estado. Na situação de Morato, contudo, esse prazo poderá ser estendido, por se tratar de um caso de repercussão.
A secretaria confirmou na última quinta-feira (30) que a causa da morte foi envenenamento por orgabifisfirado, conhecido popularmente como “chumbinho”. Mas, ainda não esclareceu as circunstâncias da morte, se por homicídio ou suicídio. A expectativa da delegada do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), Gleide Ângelo, é solucionar o caso dentro de duas semanas.
A oposição ao governo Paulo Câmara entregou um pedido de federalização da investigação da morte do empresário. O requerimento foi recebido na sexta-feira (1º) pela Procuradoria Geral da República (PGR). 
A investigação da Operação Turbulência teve início após a análise de movimentações financeiras de empresas envolvidas na aquisição da aeronave que transportava o ex-governador Eduardo Campos em seu acidente fatal, ocorrido em agosto de 2014. De acordo com a Polícia Federal, empresas de fachada realizavam transações entre si e entre empresas fantasmas. O esquema teria movimentado mais de R$ 600 milhões desde 2010.

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