quinta-feira, 13 de abril de 2017

PF prende suspeito de abusar própria filha no interior de Pernambuco


Computadores, filmadoras e acessórios foram apreendidos em todo o Brasil / Foto: Diego Nigro/JC Imagem
JC Online e Estadão Conteúdo

Um homem suspeito de abusar da própria filha de oito anos foi preso nesta quarta-feira (12) pela Polícia Federal (PF) no interior de Pernambuco. Além dele, outros três suspeitos foram presos em São Paulo, um no Rio Grande do Sul e outro na cidade de Cascavel, na região norte do Paraná. Nesta quinta-feira (13), a PF divulgará informações sobre os desdobramentos do caso no Estado. Além desta já divulgada, uma segunda pessoa teria sido detida em Pernambuco.


As seis prisões fazem parte da Operação Acervo Proibido, desencadeada a partir de investigação iniciada pela PF de Sorocaba, em abril de 2015, quando um homem de 32 anos foi preso na cidade paulista fazendo distribuição de pornografia infantil. A partir do material apreendido com ele, foram analisadas 2,5 mil mensagens via internet envolvendo exploração sexual de crianças. Todos são suspeitos de produzir e distribuir pela internet arquivos contendo imagens de abuso sexual de crianças e adolescentes.

Ainda foram cumpridos 20 mandados de busca e quatro de prisão no interior de São Paulo e em cidades de outros dez Estados, além do Distrito Federal. De acordo com a delegada chefe do Departamento da PF em Sorocaba, Érika Coppini, os investigados trocavam por e-mail arquivos com vídeos e fotos contendo cenas de exploração sexual de crianças.
Em alguns casos, as vítimas eram bebês - a idade das vítimas ia de 6 meses a 12 anos. Durante o cumprimento dos mandados de busca, três suspeitos foram flagrados acessando e compartilhando material com pornografia infantil e acabaram presos em flagrante - um deles já tinha mandado de prisão preventiva.

Computadores, filmadoras e acessórios foram apreendidos.

Rede internacional de pedofilia

Conforme a PF, os suspeitos, com idade entre 25 e 40 anos, integravam uma rede internacional de pedofilia virtual que se estendia a outros países, como Estados Unidos, México, Nicarágua, Peru, Equador, Alemanha, Espanha, Holanda e Emirados Árabes. A polícia brasileira encaminhou informações à Interpol para a investigação da rede.
De acordo com a delegada, um núcleo de combate à exploração sexual de crianças sediado nos Estados Unidos colaborou com a investigação repassando mensagens com conteúdo de pornografia infantil, trocadas pela internet e detectadas pelo núcleo.
Os suspeitos devem responder pelos crimes de estupro ou ato libidinoso com menor de 14 anos, com pena de reclusão de 8 a 15 anos, e ainda pelos delitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) referentes à distribuição de pornografia infantil, com penas previstas de 3 a 6 anos, além de multa.

Operação Curumim

Nessa terça-feira (11), a PF deflagrou a Operação Curumin no Recife, onde dois advogados foram presos, suspeitos de armazenamento, compartilhamento e divulgação de imagens e vídeos de pornografia infantil na internet.


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