quinta-feira, 3 de maio de 2018

Sob forte comoção, bebê morto por espancamento é enterrado em Jaboatão


Após o velório, parentes e amigos foram para o fórum Rodolfo Aureliano, no bairro de Joana Bezerra, protestar contra o suspeito / Foto: Reprodução/TV Jornal

JC Online
Com informações da TV Jornal
Sob forte comoção, o sepultamento do bebê de 1 ano, morto por espancamento, aconteceu nesta quarta-feira (2) , no Cemitério da Saudade, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife.
Parentes e amigos da família de Pablo Henrique da Silva Maciel, de 1 ano e 6 meses de idade, se reuniram para prestar as últimas homenagens ao bebê. 
A mãe biológica da criança chegou a pedir que o caixão fosse aberto, mas logo precisou ser amparada pelos familiares ao ver o filho.

Audiência de Custódia

Ainda nesta tarde, o suspeito de ter matado o menino foi levado à audiência de custódia, que aconteceu por volta das 13h no fórum Rodolfo Aureliano, no bairro de Joana Bezerra, na área central do Recife.
Os que estavam no enterro do bebê se reuniram no fórum para protestar contra o possível autor do crime. Com gritos de "Justiça!", o grupo pedia a condenação do rapaz.
O homem identificado como Alan Dayvson Cardoso, chegou a ser espancado pela população na tarde da terça-feira (1º), em frente à estação Coqueiral, no bairro de Tejipió, na Zona Oeste da capital pernambucana. Uma equipe da Polícia Militar esteve no local, e fez o recolhimento do homem para a Central de Plantões da Capital.
O delegado Albérico Pires, com o atestado de óbito do garoto em mãos, autuou o rapaz em flagrante por suspeita de homicídio. "A gente levantou (informações), e ele é uma pessoa muito agressiva com a companheira, ameaçando também os vizinhos. Se caso alguém falasse algo, ele faria algum mau", conta. 


Abandono 

Alan Dayvson não tem nenhum grau de parentesco com o menino. O garoto, que era criado pela prima, morava com o casal há cerca de sete meses, no bairro do Sancho, na Zona Oeste do Recife. A prima e esposa do suposto agressor, cuidava de Pablo Henrique à pedido dos pais biológicos, por não terem condições de criá-lo.
Em entrevista à TV Jornal, o pai biológico conta que desconfiava que algo estivesse acontecendo, mas a prima sempre negava, dizendo que estava tudo bem.
Já a mãe biológica, que mora em Jaboatão dos Guararapes diz que nunca desconfiou de nada, já que, por morar distante, só via o filho aos finais de semana.
Segundo o delegado responsável pelo caso, a polícia vai investigar se a mulher que estava com os cuidados da criança sabia das agressões. "O que temos de concreto é uma declaração de óbito atestando a morte da criança e indícios apontam para o autor do crime. A mulher ficará para uma investigação posterior a esta", conta o delegado.

Relembre o caso

Uma criança de um ano morreu nessa terça-feira (1º), após ser socorrida com vários hematomas ao Hospital Otávio de Freitas, em Tejipió, na Zona Oeste do Recife. De acordo com a equipe médica que atendeu o menino, ele também apresentava sinais de violência sexual.
Pablo Henrique da Silva Maciel, de 1 ano e 6 meses de idade, faleceu minutos após ser deixado no hospital. Em entrevista à TV Jornal, a tia da criança, que prefere não se identificar, conta que o bebê sempre ficava com o padrasto. “Ele sempre aparecia com mancha no corpo, dores de cabeça”, relata.
Os médicos que atenderam Pablo Henrique, acionaram a polícia assim que identificaram sinais de violência na criança.
O menino chegou a ser socorrido ao Hospital da Restauração, no bairro do Derby, na área central do Recife, no último dia 22 de abril, com ferimentos na mão e na cabeça, possivelmente causados por agressão, como suspeita a polícia. 

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