terça-feira, 28 de agosto de 2018

Pagamento da 1ª parcela do 13º a aposentados injetará R$ 729 milhões em Pernambuco


Segundo dados do Serasa Experian, em julho de 2018, 35% dos idosos com mais de 61 anos estavam com contas atrasadas / Foto: Antonio Cruz/Arquivo Agência Brasil
Foto: Antonio Cruz/Arquivo Agência Brasil
Da Editoria de Economia e JC

Os aposentados, pensionistas e demais beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começaram a receber ontem a primeira parcela do 13º salário. Em Pernambuco, segundo o governo, R$ 729 milhões serão pagos a 1,2 milhão de pessoas até o dia 10. No Brasil, R$ 20,7 bilhões serão repassados a 29,7 milhões de aposentados.


Os milhões a mais circulando na economia anima o comércio de uma forma contida. Segundo o presidente da CDL-Recife, Cid Lôbo, o comércio deverá ser beneficiado com o adiantamento, mas segundo ele, “é difícil prever o quão benéfico será”. “A gente sabe que boa parte do dinheiro serve para pagar dívidas. Em compensação, o pagamento libera as pessoas para reabilitar o cartão de crédito ou fazer um crediário”, resume.
É o caso da aposentada Luzia Maria Soares, 71 anos. Ela diz que não está muito animada com a antecipação da primeira parcela do 13º salário. “Eu tenho tanta coisa para pagar. Minha prioridade serão as dívidas, porque fiz há pouco uma reforma na minha casa”, conta. Assim como dona Luzia, os aposentados que começaram a receber ontem parte da gratificação de fim de ano já têm destino certo para o dinheirinho extra. Se não for para pagar dívidas, vão adiantar as compras de Natal ou até mesmo investir. Essas são algumas das opções, mas os idosos devem redobrar o cuidado com gastos.
Segundo dados do Serasa Experian, em julho de 2018, 35% dos idosos com mais de 61 anos estavam com contas atrasadas. Embora seja necessário, até mesmo pagar as contas com esse rendimento extra precisa ser algo planejado. “De nada adianta eliminar tudo agora e construir uma nova pendência ao fim do ano com os gastos extras que virão”, diz o planejador financeiro Arthur Lemos. Para ele, se não der para liquidar as dívidas com sobras no orçamento, é preferível negociar parcelas.
Para quem está com as reservas em dia, investir é uma boa opção desde que se tenha conhecimento. “Estar atento ao tempo que vai precisar retirar o dinheiro é muito importante. Se pensa em algo para 1 ou 2 meses, a poupança é uma saída. Nesse mesmo prazo e com liquidez maior, já é possível recorrer ao Tesouro/Selic, por exemplo. Agora, para longos prazos, o Certificado de Depósito Bancário (CDB) é mais recomendado”, diz o educador financeiro Leandro Trajano.

COMÉRCIO

Já para quem pensa usar o dinheiro para ir às compras, a sensação de “conforto financeiro” pode ser a principal vilã. José Isaias de Oliveira, 65, mesmo que use a aposentadoria dele e da esposa para “sustentar a família” pretende gastar o 13º nas lojas. “Vou comprar objetos que estão faltando em casa, como uma televisão”, diz.

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