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O pernambucano de coração Anderson Dias, de 24 anos, aterrizou no Brasil, no domingo (24), e se prepara para dar entrada na documentação do Guinness em busca do título de ser humano mais rápido a dar a volta ao mundo. Ao todo, o jovem visitou 196 países, sendo 193 reconhecidos pela Organização Mundial das Nações Unidas (ONU) e mais três que não são, em 543 dias (veja vídeo acima).
Segundo a página oficial do Guiness, a canadense Taylor Demonbreun percorreu 195 países em 550 dias, entre 1º de junho de 2017 e 7 de dezembro de 2018, sete dias a mais que Anderson
Desde o primeiro país visitado, toda jornada foi compartilhada pelas redes sociais, o que ajudou Anderson a armazenar todas as provas que precisa para comprovar seu feito. Ao todo, mais de 1 milhão de seguidores acompanharam, em tempo real, a trajetória do jovem.
"Fotos, vídeos, documentos, tudo que eu passei e posso mostrar será cadastrado na nuvem do Guiness para ser aprovado. Tenho 99,9% de chance de receber o título em cerca de um mês e meio", contou ao Bom Dia PE, nesta segunda-feira (25).
Anderson nasceu em Salvador, na Bahia, mas foi morar em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, aos 5 anos de idade. Após concluir o ensino médio, o jovem foi cursar faculdade no Recife, mas estava passando por dificuldades financeiras. Mesmo assim, conseguiu mudar para capital e estudar. Cursou turismo economia.
"Eu comecei vendendo capinha de celular. O custo era baixo com retorno alto. Com o dinheiro, fiz um intercâmbio para a Europa. Não aprendi o idioma porque tive que trabalhar manhã e tarde para me sustentar e não estudei", contou.
Segundo Anderson, tudo que foi vivido é fruto de uma inquietação pessoal. Após o intercâmbio, em 2015, ele retornou ao Brasil e voltou a vender capinhas. "Criei uma empresa, comecei a ganhar muito bem, mas não estava feliz. Vendi a empresa e o meu carro para sair em viagem", disse.
De acordo com o jovem, o intercâmbio foi o ponta pé para o projeto 196 sonhos. Da viagem ao redor do mundo, Anderson guardou o aprendizado, que pretende passar para outros jovens.
Com a meta das viagens prestes a ser oficializada, Anderson classifica o retorno ao Brasil como "inacreditável". "O primeiro passo é começar. A gente tem mania de planejar demais e não fazer. Quando você assume o risco, o retorno é maior. Viajar não é coisa de rico. O que consome nossos sonhos é o medo", disse.
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