sábado, 27 de fevereiro de 2021

Corpo de trans pernambucana que morreu após incêndio durante cirurgia em clínica de São Paulo chega a PE

 

Lorena Muniz em foto publicada nas redes sociais — Foto: Reprodução/Instagram

O corpo de Lorena Muniz, trans pernambucana de 25 anos que morreu após um incêndio durante uma cirurgia para colocar silicone nos seios em uma clínica em São Paulo na segunda-feira (22), chegou a Pernambuco na tarde desta sexta-feira (26).

Transportado no carro de uma funerária da capital paulista, o corpo foi levado para o Cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife.

O velório ocorre no sábado (27), às 13h, e o enterro acontece às 14h no Cemitério Campo Santo São José, também localizado em Paulista.De acordo com o companheiro de Lorena, Washington Barbosa, ela foi abandonada inconsciente durante incêndio na clínica onde realizava o procedimento em São Paulo, de onde foi socorrida para o Hospital das Clínicas, onde ficou internada em estado grave após inalar muita fumaça, segundo a unidade de saúde .

Antes de seguir para São Paulo, em agosto de 2020, a jovem dividia uma casa em Fragoso, em Paulista, com o companheiro e a família. Ao lado da casa, Lorena tinha um salão, onde trabalhava como cabeleireira.A tia de Lorena, a massoterapeuta Rinalda Muniz, contou ao G1 que a sobrinha vendeu as coisas do salão para ir a São Paulo, pois tinha o sonho de colocar prótese de silicone. A avó de Lorena, Maria José Muniz, disse à reportagem que a morte da neta deixou seu coração sem aguentar tamanha dor.

O irmão de Lorena, Ricardo Muniz, afirmou que a transexualidade dela foi acolhida pela família, que recebeu notícias durante o período em que a pernambucana ficou longe de casa.No dia 17 de fevereiro, a cabeleireira enviou uma última mensagem para a tia Rinalda, informando sobre a cirurgia. "Quando eu acordar eu falo", disse Lorena, no texto. A família de Lorena informou que órgãos da trans foram doados.

Apaixonada por festa junina

Lorena Muniz tinha paixão pelo São João. Integrantes da Quadrilha Junina Tradição, grupo ao qual ela passou a fazer parte há um ano e dois meses, a definiram como alegre e comprometida. A trans era uma das integrantes cogitadas para participar de uma live da quadrilha junina.Do G1

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