quinta-feira, 6 de maio de 2021

Vereador preso por tentar matar mulher a tiros tem licença aprovada pela 3ª vez pela Câmara de Tracunhaém

 

Licença foi aprovada pela Câmara Municipal de Tracunhaém, na Zona da Mata de Pernambuco — Foto: Reprodução/Google Street View

Um vereador preso desde 13 de fevereiro de 2021 por tentar matar uma mulher teve a licença dos trabalhos legislativos aprovada pela terceira vez, pela Câmara Municipal de Tracunhaém, na Zona da Mata de Pernambuco.

Segundo a Polícia Civil, a prisão em flagrante de Severino Pereira de Souza Silva (DEM), conhecido como Biino, ocorreu após ele atirar em uma mulher em frente a um bar na BR-408. A vítima foi atingida por, ao menos, dois disparos.

O vereador teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e, desde então, está preso em uma unidade prisional localizada em Lagoa do Carro, também na Zona da Mata do estado.

De acordo com a Câmara Municipal de Tracunhaém, a terceira licença foi aprovada pelos vereadores da cidade na quarta-feira (5) e é válida até o dia 5 de junho. Os outros dois afastamentos foram solicitados nos dias 2 de março e 2 de abril.

Na época em que o crime foi cometido, a defesa do vereador afirmou que ele não conhecia a vítima e que sequer estava no local do ocorrido. Por meio de nota, o Legislativo municipal declarou que o vereador tinha direito aos afastamentos, mesmo estando preso.

"O vereador Severino Pereira de Souza Silva poderia ter solicitado um período maior de afastamento do exercício e das funções do cargo de vereador deste município, mas preferiu fazer de 30 dias". O processo é previsto pelo Regimento Interno da Câmara Municipal de Tracunhaém.

As licenças para o Legislativo podem durar até 120 dias em Tracunhaém, o que equivale a quatro meses. Com isso, o vereador pode, ainda, solicitar mais um afastamento, a partir de 5 de junho, sem arriscar perder o mandato devido à ausência na Câmara Municipal.

Além de tentar contato com a defesa do vereador, o G1 questionou o partido Democratas, do qual o vereador faz parte, sobre possíveis sanções administrativas ao parlamentar, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem. G1 PE

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