sexta-feira, 1 de abril de 2022

Mulher de 82 anos com esquema vacinal completo morre após contrair subvariante da ômicron;

 

Foi divulgado o sequenciamento genético de novas 212 amostras positivas para a Covid-19 — Foto: Miva Filho/SES-PE

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) confirmou, nesta quinta (31), o primeiro caso da subvariante BA.2 da ômicron, linhagem da Covid-19 predominante no estado. A paciente, de 82 anos e com histórico de outras doenças, morreu, mesmo com o esquema vacinal completo, segundo o governo.

A paciente, informou o governo, teve a amostra coletada em 4 de fevereiro. O prontuário médico apontava registros de doença de Alzheimer, hipertensão, diabetes e doença de Parkinson.

Os sintomas surgiram em 28 de janeiro e a paciente foi atendida em uma unidade básica do Recife, onde morava.

Integrante do considerado grupo de risco para complicações de Covid, a paciente piorou e foi transferida para o Hospital Maria Lucinda, onde morreu em 20 de fevereiro.

Ainda de acordo com o governo, a amostra positiva foi detectada no mais recente sequenciamento genético feito pelo Instituto Aggeu Magalhães (IAM/FiocruzPE). O resultado da análise saiu nesta quinta.

Segundo o levantamento, dos 54 genomas analisados, todos (100%) foram identificados como da linhagem ômicron (BA.1; BA.1.1; BA.2). As coletas foram realizadas entre o início de fevereiro e a primeira quinzena de março.

De acordo com levantamento da Fiocruz, outros seis estados têm casos confirmados desta sublinhagem: Ceará, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.

Por meio de nota, o secretário de Saúde, André Longo, afirmou que, mesmo com as vacinas, a população está suscetível a casos graves da doença, principalmente os mais vulneráveis, como os idosos e os pacientes com comorbidades.

Longo afirmou também que a detecção da BA.2 em Pernambuco reacende o alerta da importância da vacinação para enfrentar a pandemia.

As 54 amostras analisadas neste último sequenciamento foram de pacientes residentes nas seguintes cidades: Afogados da Ingazeira (1), Afrânio (1), Araripina (1), Belém de São Francisco (1), Cabrobó (2), Caruaru (8), Casinhas (1), Dormentes (1) Garanhuns (1), Iati (1), Jaboatão dos Guararapes (2), Olinda (2), Orocó (3), Paulista (1), Petrolina (13), Recife (10), São Bento do Una (1), São José do Egito (1), Vitória de Santo Antão (1), além de pacientes provenientes dos estados de Alagoas (1) e Rio Grande do Sul (1).

O que é a variante?

BA.2 às vezes é chamada de subvariante "furtiva", porque não possui o marcador genético que os pesquisadores estavam usando para identificar rapidamente se uma infecção era um caso de ômicron "regular" (BA.1 ) ou de delta.

Tal como acontece com outras variantes, uma infecção por BA.2 pode ser detectada por testes PCR e antígeno, mas eles só indicam se o caso é positivo ou negativo para Covid - não conseguem distinguir as variantes. Para isso, são necessárias mais verificações.

A BA-2 parece ser mais transmissível do que as variantes anteriores, mas, felizmente, nenhum dado até o momento sugere que seja mais grave.G1 PE

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