Jonas foi
raptado depois de sair para caminhar na última terça (13), sendo abandonado às
margens de uma rodovia de Hortolândia (SP) com sinais de espancamento no dia
seguinte - ele foi socorrido, mas morreu no hospital. Durante o período em que
ficou sob poder dos criminosos, cerca de R$ 20 mil foram retirados de suas
contas e houve uma tentativa de transferência de R$ 3 milhões, sem sucesso.
De acordo
com a delegaca Juliana Ricci, da Deic de Piracicaba (SP), que ouviu os
ex-sócios durante a investigação, Jonas Lucas só deixou o negócio que ele mesmo
investiu para se "aposentar".
"Eles
continuaram extremamente amigos, só deixaram de ser sócios. Eles tinham imóveis
de veraneio próximos. Todo o dinheiro do negócio era do Jonas, quem capitalizou
a empresa foi ele. Ele só deixou o negócio porque não tinha mais interesse em
trabalhar, nem precisava mais disso", disse Ricci.
Segundo
dados da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), a empresa que o
milionário montou com os amigos tinha capital de R$ 1 milhão, sendo que o
montante foi dividido igualmente entre os quatro - R$ 250 mil para cada. A
saída dele do negócio foi formalizada em junho.
'Era
simples'
Vizinho do milionário da Mega-Sena, o aposentado João Batista Alves contou que muita gente nem acreditava que Jonas tinha ganho a bolada da forma como ele levava uma vida simples.
"Era
igual a gente, pessoa simples, que andava de chinelo, tranquilo, sempre passava
aqui, sempre atencioso com a gente. A polícia tem que encontrar (o assasssino),
de qualquer maneira", disse.
Quem conhecia Jonas Lucas há décadas garante que ele não mudou nada com o prêmio milionário recebido.
"Eu fui
muito comprar com ele quando trabalhava no depósito. (Após o prêmio) era a
mesma pessoa, não mudou nada, continuou como se nada tivesse acontecido",
lembra Luiz. Prêmio motivou o crime
A Polícia Civil informou que a morte de Jonas Lucas foi motivada pelo prêmio de R$ 47,1 milhões da Mega-Sena. A Polícia Civil aguarda quebras de sigilos bancário e telefônico para identificar suspeitos da morte. Até o momento ninguém foi preso.
Segundo a delegada Juliana Ricci, identificar os donos das contas que receberam transferência de dinheiro da vítima está entre as principais linhas de investigação.
Ela confirmou que a tentativa de saque de R$ 3 milhões foi feita via aplicativo de mensagens, e a Polícia Civil procura saber a origem desse telefone ou equipamento usado para a solicitação.
"A
principal suspeita é de que os autores conheciam toda a rotina da vitima,
tinham conhecimento dos hábitos. Não posso falar que eram próximas nem do
círculo familiar, mas que sim, tinham conhecimento", disse.G1
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