Hynara Santa Rosa da Silva, de 39 anos, foi morta a tiros com o companheiro em uma praia na BA — Foto: Reprodução/Redes Sociais |
A vendedora de rifas Hynara Santa Rosa da Silva, de 39 anos, morta a tiros com o companheiro Rodrigo da Silva Santos, 33, em uma praia na Barra do Jacuípe, em Camaçari, cidade da Região Metropolitana de Salvador, relatou a uma amiga que havia sonhado com um tiroteio.
Em uma mensagem privada em rede social, ela disse ter acordada assustada com o sonho
.
"Eu estava com você no comércio, com roupa de academia, e parou um carro e chamou o nome dela. Deram um tiro e consegui rastejar até meu carro e comecei a chamar ela, porque meu carro é blindado... Eles atiravam tanto e eu saí correndo até a polícia. Acordei assustada", disse.
Após relatar o sonho com detalhes, Naroka, como era conhecida nas redes sociais, pediu para que a amiga tivesse cuidado. O crime ocorreu no domingo (11) e ninguém havia sido preso até a manhã desta segunda-feira (12). Nas redes sociais, o casal acumulava mais de 100 mil seguidores e era conhecido como DG e Naroka Rifas. Eles foram baleados no peito e na cabeça e deixaram dois filhos.
Horas antes do duplo homicídio, as vítimas curtiam o fim de semana na praia. DG e Naroka compartilharam vídeos em que aparecem em uma moto aquática.
A Polícia Civil informou que equipes do Serviço de Investigação (Silc/RMS) foram ao local do crime e realizaram os levantamentos iniciais. Foram expedidas guias periciais e de remoção dos corpos, que foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Salvador.
Rodrigo e Hynara foram enterrados na tarde desta segunda, no Cemitério Bosque da Paz, também na capital baiana.
A autoria e a motivação crime serão investigadas pela 33ª
delegacia de Monte Gordo. Venda de rifas na web
Nas redes sociais, o casal era conhecido pela venda digital de rifas. Naroka e DG compartilhavam prints de sorteios de R$ 6 mil e R$ 12 mil. Em um destaque fixado no Instagram da rifeira, é possível ver relatos de diversos ganhadores das rifas vendidas pelo casal.
A divulgação de promoções e venda de rifas em redes sociais é comum. No entanto, a distribuição de prêmios por meio de sorteios deve seguir uma série de regras estabelecidas pelo Ministério da Economia.
De acordo com a Lei nº 5.768, de 1971, e a Portaria nº 20.749, de 2020, a distribuição de prêmios mediante sorteio, vale-brinde, concurso ou operação semelhante por organizações da sociedade civil só pode ocorrer mediante autorização prévia do Ministério da Economia. Para obter a autorização, é preciso enviar um pedido ao Sistema de Controle de Promoção Comercial (SCPC), de 40 a 120 dias antes da promoção.
Segundo a legislação, a autorização somente é concedida à
pessoa jurídica que exerça atividade comercial, industrial ou de compra e venda
de bens imóveis. Dessa forma, pessoas físicas não podem realizar promoção
comercial.Do G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário