Ao todo, 17 pessoas foram presas, sendo 15 em decorrência de mandatos de prisão e duas em flagrante. Além disso, um mandado de prisão foi expedido contra um homem que já estava detido por receptação de remédios roubados. Entre os presos em flagrante está um comerciante do bairro de Casa Amarela, no Recife, suspeito de vender produtos impróprios para o consumo e que estava com um revólver, mas que não teria envolvimento com a quadrilha.
A outra pessoa presa em flagrante é uma mulher que tinha sido presa anteriormente pela Delegacia de Jaboatão por comercializar produtos vencidos. "Ela estava solta há menos de duas semanas e já tinha voltado a comercializar esses produtos [vencidos], tanto que a prendemos em flagrante. Ela não adulterava a data, repassava para outra pessoa que o fazia", explica o delegado Osias Tibúrcio.
![Maionese com data adulterada e carimbos usados para modificar data de validade dos alimentos (Foto: Katherine Coutinho/G1) Maionese com data adulterada e carimbos usados para modificar data de validade dos alimentos (Foto: Katherine Coutinho/G1)](http://s2.glbimg.com/YAGyest1EqSkHhXSb2faA6PJpfOdczZHV-LvY9e57TxIoz-HdGixxa_8qOZvMp3w/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2013/01/24/maionese_com_data_adulterada_e_carimbos.jpg)
Em uma chácara em Paudalho, a polícia apreendeu quase 20 toneladas de farinha de trigo vencida. "Ele [o suspeito] já estava negociando a carga com padarias da região. Encontramos na casa também sacos novos de farinha, o que indica que eles pretendiam mudar a farinha de saco para facilitar a falsificação", afirma o delegado.
A polícia apreendeu durante a operação também 980 quilos de carne de porco estragada, quase duas toneladas de maionese, entre outros produtos como leite longa vida e feijão. "Um dos presos fornecia carne para mercados públicos, principalmente o de Afogados e o de São José. Algumas carnes estavam tão ruins que ele salgava e transformava em carne-de-sol para conseguir vender", detalha Tibúrcio.
Foram encontrados também carimbos usados para adulterar a data de validade dos produtos. "Eles apagavam a data original e carimbavam outra. Algumas adulterações eram fáceis de ser identificadas, mas outras eram realmente bem feitas, com número de lote e tudo", explica.
Os suspeitos vão responder pelos crimes de roubo, furto, falsificação e adulteração de mercadorias e receptação. Eles foram levados ao Centro de Observação e Triagem Professor Everaldo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife, e a mulher, para a Colônia Penam Feminina, no Recife.G1 PE
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