Reunião com Dircon, Corpo de Bombeiros e Codecir para estruturar ação. (Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR)
A reunião contou com representantes do Corpo de Bombeiros,
Coordenadoria de Defesa Civil (Codecir) e Diretoria de Controle Urbano
(Dircon). O secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João
Braga, explica que uma das ações imediatas está relacionada à montagem
das estruturas de camarotes para o desfile do Galo da Madrugada, além de
palcos e arquibancadas para o carnaval 2013. "Vamos convocar na
quarta-feira (30) empresas montadoras de estruturas e patrocinadores de
camarotes, para que possamos fazer uma releitura do que estamos fazendo,
combinada com os bombeiros. Até sexta-feira (1º), todos devem entregar
todo o projeto de engenharia dos camarotes e estruturas. Quem não
entregar sexta não vai poder montar camarote no carnaval", avisa Braga.De acordo com o tenente Klebson Azevedo, do Centro de Comunicação Social do Corpo de Bombeiro, os itens a serem fiscalizados estão baseados no Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico para o Estado de Pernambuco. "Serão vistoriadas a existência e quantidade de extintores de incêndio e saídas de emergência; a sinalização e iluminação das saídas de emergência; se houver escada e mezanino, ver se tem corrimão e parapeito; e se tiver cozinha, analisar a existência da central de gás. Outros itens podem aparecer de acordo com as especificidades das edificações", explica.
Os locais que não estiverem obedecendo à legislação serão interditados, garante o secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João Braga. "Nós vamos cobrar logo agora, de imediato, o alvará de funcionamento, a licença para funcionamento dessas empresas, dessas casas e também chamar a sociedade civil para que possa nos ajudar, contribuir com essa fiscalização. Casas que às vezes têm permissão para 400, 500 pessoas, mas estão com duas mil", aponta.
Legislação
Além da fiscalização, um segundo grupo de trabalho será criado por meio de portaria a ser publicada nesta terça-feira (29), no Diário Oficial do município, para estudar propostas de revisão da atual legislação de uso e ocupação do solo, que influenciam diretamente na questão de construção de novos locais, e funcionamento de casas de eventos e boates, além de apresentar propostas de mudanças. Um relatório deve ser apresentado ao prefeito até o fim de fevereiro.
A ideia, explica Braga, é que entidades governamentais e da sociedade civil integrem o grupo. "De forma transparente, queremos controlar e fiscalizar com mais eficácia e eficiência esses eventos que acontecem nessas casas, sobretudo fechadas, para que possamos minimizar os riscos de algo semelhante ao que aconteceu no Sul", afirma Braga.
As leis relacionadas à prevenção de incêndio são estaduais. "O Corpo de Bombeiros trabalha em cima do Código de Segurança contra Incêndios de Pernambuco, baseado numa lei de 1994 e um decreto estadual de 1997. [...] Ela estabelece todos os dispositivos de segurança, os equipamentos e como tem que ser construída determinada edificação, para dar segurança a toda a população, e também os locais de eventos", detalha Casa Nova.
Anualmente, os bombeiros realizam mais de 50 mil vistorias de legalização no estado, em locais de eventos e grande concentração de público, segundo a corporação. Porém, existem também as legislações municipais e, por vezes, há divergências. "O que nós vamos fazer é a compatibilização da legislação estadual com a municipal. O uso e ocupação do solo são das prefeituras. Nosso código é estadual. Vamos compatibilizar exigências, como número de pessoas e usos de dispositivos de segurança, para que as obras novas submetidas estejam obedecendo a uma mesma norma. O código da gente está sendo revisado desde o ano passado", detalha o coronel.
O comandante do Corpo de Bombeiros alerta também que a população deve ficar atenta se os locais têm dispositivos de segurança, como extintores, brigada de incêndio e saídas de emergência. "Vamos trabalhar para desenvolver um nível de segurança eficaz e suficiente para que a população tenha esse padrão de segurança, mas é preciso que as pessoas também nos auxiliem, notando a presençã ou não desses itens", ressalta Casa Nova.
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