segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Maior açude de Pernambuco, em Ibimirim, pode secar em três meses




Poço da Cruz antes de entrar em colapso. Foto: Arquivo DP
Poço da Cruz antes de entrar em colapso. Foto: Arquivo DP
O maior açude de Pernambuco, o Poço da Cruz, no município sertanejo de Ibimirim, enfrenta um dos momentos mais críticos. Por conta da seca e do modelo de irrigação, o reservatório tem somente 13% de sua capacidade, que é de 504 milhões de metros cúbicos. Se não chover, a estimativa do Dnocs, órgão responsável pelo reservatório, é que o Poço da Cruz seja fechado até março.

A qualidade da água do açude serve apenas para a irrigação. Mesmo em baixa, retira-se por semana 3,8 mil metros cúbicos de água para áreas irrigadas, que utilizam o sistema conhecido “por inundação”. Esse modelo é considerado ineficiente. Para cada100 litros aproveitados na irrigação, outros 300 evaporam.

“A nossa ineficência está em torno de 70%”, contabilizou Francisco Manoel da Silva, coordenador do conselho gestor do açude. Além da água, completou ele, as perdas reforçam a salinização do solo irrigado do Sertão. Solo que já sofre com o sal.

A esperança está na mudança do sistema de irrigação, que começou a ser feito. Quando mudado, prevê-se economizar 75% de água. Financiado pelo Ministério da Integração Nacional, o novo sistema para irrigar a terra ficará pronto em 2015. O investimento é de R$ 80 milhões.

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