sábado, 2 de agosto de 2014

Pesquisa IPMN/JC mostra Armando com 37% e Paulo com 10%

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Com um mês de campanha nas ruas, o candidato ao Governo do Estado pela coligação Pernambuco Vai Mais Longe, Armando Monteiro (PTB), apresenta 37% das intenções de voto, segundo a consulta produzida pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendada pelo Portal Leia Já e publicada em parceria pelo Jornal do Commercio. Na pesquisa estimulada, com apresentação dos candidatos ao entrevistado, o petebista está 27 pontos percentuais à frente do adversário, o candidato pela Frente Popular, Paulo Câmara (PSB), que teria 10% das intenções se as eleições acontecessem neste momento.

Infográfico

IPMN/JC - 2/7/2014

Apesar da liderança do petebista neste momento, o quadro sugere indefinição, uma vez que a soma dos brancos/nulos/indecisos com os que não sabem/não responderam chega a quase metade do universo de eleitores: 48%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O cenário indica uma eleição bastante acirrada, de acordo com um dos coordenadores da pesquisa, o cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco, Adriano Oliveira. “Nós não podemos dizer que a eleição está definida. Por que o senador (licenciado, Armando Monteiro) ainda não ultrapassou a marca dos 40%? Simples. Porque 50% dos eleitores ainda estão à procura do voto. Se eles migrarem para Paulo, tende a ser acirrada”, analisa. 

Oliveira lembra que esta primeira pesquisa após o registro oficial das candidaturas na Justiça Eleitoral serve como ponto de partida para balizar o crescimento dos postulantes. “O instituto optou por um cenário eleitoral definido, após a Copa do Mundo, que se dizia que, a depender do resultado, iria influenciar”, frisa. 
Ainda sobre os dois candidatos que estão na dianteira da pesquisa, a consulta espontânea sobre a eleição para o Governo do Estado revela Armando Monteiro com 22% das intenções de voto e Paulo Câmara, que ainda é um grande desconhecido dos eleitores, com 6%. Nesta mesma amostra, o nome do ex-governador Eduardo Campos, padrinho político de Paulo, que está na corrida presidencial, chega a pontuar, com 6%. “É baixo e representa mais um desejo do que uma confusão. Mostra que a maioria já sabe que ele não pode ser mais candidato ao governador”, ressalta Oliveira. 
Um dado é indispensável para avaliar a atual conjuntura eleitoral, pré guia na rádio e televisão: o nível de conhecimento. Mesmo com Paulo Câmara apresentado como o escolhido de Eduardo Campos para sucedê-lo no Palácio do Campo das Princesas, 60% dos entrevistados disseram nunca ter ouvido falar dele, 28% disseram conhecer “muito pouco” e apenas 9% falaram em conhecer “muito bem”. Nessa questão, o adversário Armando Monteiro aparece com 30% dos entrevistados afirmando o conhecer muito bem, 47% “muito pouco” e 22% “nunca ouvi falar”. “Há uma margem muito grande para Paulo crescer quando ele se apresentar ao eleitorado e isso deve acontecer mais fortemente quando o guia eleitoral começar”, diz o cientista político.

“O instituto optou por um cenário eleitoral definido, após a Copa do Mundo, que se dizia que, a depender do resultado, iria influenciar
”Adriano Oliveira, cientista político
“Não dá para dizer que existe favoritismo na eleição nesse momento. Não é verdade. É um quadro indefinido e há uma fragilidade na candidatura do senador Armando Monteiro pelo fato de ele não ter avançado, mesmo sendo bem mais conhecido, sobre o universo do que ainda estão procurando um candidato”, conclui Adriano Oliveira. 
Outro ponto que não pode deixar de ser considerado nesta análise do momento eleitoral é a força política do ex-governador Eduardo Campos (PSB) como cabo eleitoral. Numa das perguntas, 26% do eleitorado consultado diz que está “entusiasmado” para votar em um candidato apoiado pelo ex-governador socialista.

Foram ouvidos 2.482 eleitores de todo o Estado, entre os dias 28 e 29 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais
Por outro lado, 21% disse preferir votar naquele de oposição ao líder socialista. Isto é, uma pequena diferença de cinco pontos percentuais. Mas é em cima dos “indiferentes” a Eduardo que está o fator que pode pesar a favor ou conta os dois adversários, uma vez que 36% não tem o socialista como referência para fazer o seu voto. 
Os outros quatro candidatos obtiveram um percentual inexpressivo nesta primeira consulta. Apenas Zé Gomes (PSOL) e Jair Pedro (PSTU) pontuaram, cada um, 1%. Os demais, Miguel Anacleto (PCB), Pantaleão (PCO) não conseguiram pontuar. do JC

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