
Investigações
De acordo com investigações da Polícia Civil, comandadas pelos delegados Aldrovilli Grisi e Júlia Valesca, há dois anos, o pai de Maria Celeste morreu e ela começou a comandar os negócios da família, que incluem a padaria no Jardim Luna, que foi o local do crime. Durante esse período, a jovem cuidava da mãe que ficou depressiva devido à perda do marido, e Celeste se mostrava uma pessoa amorosa. Porém, segundo a polícia, ela sempre mantinha a mãe dopada com antidepressivos e com isso começou a se desfazer dos bens da família.
De acordo com investigações da Polícia Civil, comandadas pelos delegados Aldrovilli Grisi e Júlia Valesca, há dois anos, o pai de Maria Celeste morreu e ela começou a comandar os negócios da família, que incluem a padaria no Jardim Luna, que foi o local do crime. Durante esse período, a jovem cuidava da mãe que ficou depressiva devido à perda do marido, e Celeste se mostrava uma pessoa amorosa. Porém, segundo a polícia, ela sempre mantinha a mãe dopada com antidepressivos e com isso começou a se desfazer dos bens da família.
Conforme divulgado em coletiva pela polícia, foram vendidos um carro e uma casa avaliados em mais de R$ 400 mil. Segundo a Polícia Civil, Marcos Antônio descobriu no escritório da irmã uma procuração falsa com o nome dele para venda de um veículo. Além disso, o estudante teria encontrado no WhatsApp da irmã uma conversa dela tramando um assalto a um dos compradores dos bens.
A polícia concluiu que, após a descoberta, Marcos Antônio começou a pressioná-la pelo dinheiro da venda dos bens. Os delegados informaram que a jovem tentou despistar o irmão, mas sem sucesso. Maria Celeste então teria decretado a morte do irmão. Conforme a Polícia Civil, foi pouco mais de um mês para a contratação do pessoal, planejamento e execução. Pelo assassinato, os executores receberiam R$ 13 mil, mas o dinheiro não foi pago.
Sigilo telefônico
A Delegacia de Homicídios de João Pessoa chegou até a suspeita depois da quebra de sigilo telefônico da vítima, autorizado pela Justiça. Inicialmente, o crime começou a ser investigado pela Delegacia de Roubos e Furtos depois da suspeita de que o caso poderia se tratar de um latrocínio (roubo seguido de morte).
Com a quebra do sigilo do celular de Marcos Antônio, houve uma mudança no rumo das investigações e o caso passou a ser comandado pela Delegacia de Homicídios. Segundo o delegado Aldrovilli Grisi, a polícia encontrou no celular da vítima várias ligações e conversas entre Marcos e Celeste, nas quais ele a questionava sobre a venda do patrimônio e a forma das transações. O sigilo telefônico da suspeita foi quebrado e a Polícia Civil descobriu o planejamento do crime.
Crime
No dia 4 de junho deste ano, segundo a Polícia Civil, Maria Celeste atraiu o irmão até a padaria da família sob o pretexto de que o dinheiro da venda dos bens seria repassado para ele. Ela repassou a localização da padaria pelo WhastApp e a foto da vítima para os executores. De posse das informações, a dupla foi até o estabelecimento e praticou o crime. Marcos Antônio não reagiu ao suposto assalto, se ajoelhou e foi atingido com um tiro à queima roupa. Alguns objetos pessoais da vítima foram levados para despistar as investigações.
De acordo com a polícia, Celeste teria tirado o dinheiro do caixa da padaria e saído do local, alegando que iria comprar farinha de trigo. Nesse momento, os suspeitos agiram.
Vida de luxo
Segundo levantamento da Polícia Civil, Maria Celeste é homossexual e teria um relacionamento amoroso com duas jovens, que trabalhavam para ela na padaria. Com o dinheiro da venda dos bens, a suspeita alugou uma casa no valor de R$ 2,5 mil onde promovia festas. Além disso, a jovem arcava com as despesas das namoradas, fazia viagens e mantinha uma vida de luxo.
Alvo dos executores seria 'desconhecido'
Durante entrevista coletiva da Polícia Civil, em João Pessoa, as pessoas contratadas para matar Marcos Antônio revelaram que não conheciam o alvo e que praticaram o crime porque Maria Celeste disse que era um homem que estaria cobrando uma dívida a ela. Eles falaram que a suspeita de planejar o crime não revelou que a vítima era o próprio irmão. O grupo disse que, caso soubesse o grau de parentesco, não teria matado o jovem, mas a mandante.
Pagamento aos executores
Segundo a polícia, pela morte de Marcos Antônio, Maria Celeste revelou que pagaria R$ 13 mil. O valor combinado não foi pago e ela tentou repassar outra quantia menor que o preço combinado, mas o novo valor não foi aceito e ela começou a ser cobrada. Para a quitação da dívida, Celeste tentou retirar a moto do irmão apreendida pela polícia que seria vendida. Ao tentar retirar o veículo da Central de Polícia Civil em João Pessoa, ela foi presa e denunciada pelos comparsas.
Ainda conforme o delegado Aldrovili Grisi, Maria Celeste não tinha passagem pela polícia e permaneceu em silêncio durante todo o interrogatório. Correio da PB
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