Foto: José Cruz/Agência Brasil
Da Redação jc
Com 330 mil habitantes, o município de Paulista, no Grande Recife, registrou, em 2017, os maiores índices de violência dos últimos 15 anos. Foram 223 assassinatos e 5.325 crimes contra o patrimônio, de acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS). Em 2018, o número de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) caiu para 127, enquanto os crimes contra o patrimônio ficaram em 3.710. Apesar da redução de 43% no número de homicídios e de 30% nos roubos, a atmosfera continua sendo de medo entre os moradores. Para a população, a chegada da Força Nacional nesta sexta-feira (30) representa esperança de dias mais tranquilos.
Até julho, Paulista registrou 59 homicídios e 2.075 crimes contra o patrimônio. “Moro em Jardim Paulista e as pessoas têm medo até de ficar nas portas das suas casas. É assalto a qualquer hora. Acredito que tudo o que vem para trazer mais segurança é válido”, argumenta a comerciante Gildine Félix, de 54 anos, que trabalha no Centro de Paulista. A também comerciante Sônia Costa, 67, precisou fechar sua loja em Jardim Paulista devido aos assaltos. “Meu comércio foi assaltado sete vezes. Fui à falência. A violência é grande, acho que o reforço vai ajudar.”
Reforço
De acordo com Manoel Alencar, secretário de Segurança Cidadã e Defesa Civil do Paulista, a Força Nacional terá importante papel para a segurança no município. “Teremos 100 homens e 20 viaturas, que atenderão em conjunto com a Polícia Militar, Civil, Rodoviária Federal e Federal”, informou. Prefeito de Paulista, Júnior Matuto também comemorou a chegada da tropa. “É uma satisfação Paulista ser escolhida como a única cidade do Nordeste para receber esse piloto. Nossos índices de violência diminuíram muito a partir de uma parceria que o município vem desenvolvendo com o Governo do Estado. O governo federal vem fortalecer, agregando ao nosso trabalho de parceria”, afirmou, em entrevista à Rádio Jornal.
Para ele, no entanto, há uma preocupação, a mesma que vem das ruas: o que acontecerá após os 120 dias em que as tropas ficarão na cidade. “Eu costumo dizer que pior do que nunca ter é ter e perder. Esse programa certamente ajudará a reduzir mais ainda os números da violência, mas é algo que precisa vir e permanecer”, pondera.
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