segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Acesso do Náutico à Série B contou com heróis improváveis


Jean Carlos converteu dois pênaltis na partida contra o Paysandu / Brenda Alcântara/JC Imagem
Jean Carlos converteu dois pênaltis na partida contra o Paysandu
Brenda Alcântara/JC Imagem
JC Online

O segundo tempo de Náutico x Paysandu, no último domingo (8), nos Aflitos, apontava nove minutos quando Nicolas marcou um gol de letra e aumentou a vantagem do Papão para 2x0 no duelo que valeu vaga na Série B em 2020. A aflição nos corações alvirrubros, então, cresceu na mesma proporção em que os olhos da torcida buscavam heróis para o drama do Timbu. Encontraram. Não nas figuras habituais. Mas em Álvaro, Jean Carlos e Matheus Carvalho. O garoto Thiago, grande revelação do alvirrubro em 2019, pouco produziu até sair machucado. Já referências no ataque, como Wallace Pernambucano, não conseguiram resolver.


O aperto no peito dos alvirrubros só começou a diminuir aos 19 da etapa final, quando Álvaro aproveitou cruzamento de William Simões e, de cabeça, mandou para o fundo das redes. Algumas oportunidades perdidas aconteceram até que a arbitragem assinalou o contestado pênalti para o Náutico. Aos 55, Caíque Oliveira tirou de cabeça e o árbitro Leandro Pedro Vuaden viu a bola bater no braço de Uchôa. Sem se deixar abater por toda a confusão que o lance gerou no gramado logo depois, Jean Carlos pegou a bola e se encaminhou para cobrança. Depois que a situação foi normalizada, o meia se posicionou e converteu.

Não satisfeito, ainda foi o jogador que abriu as cobranças do Náutico quando a decisão da vaga na Segundona foi para as penalidades máximas, após o empate por 2x2 no tempo regulamentar. “Sim, nós conseguimos, subimos!”, comemorou o jogador, logo depois do jogo. Jean Carlos foi um dos últimos contratados pelo Náutico para esta Série C, sendo o tão aguardado meia que a torcida pedia.

Já Matheus Carvalho entrou em campo aos 12 do segundo tempo, para substituir Thiago. Depois de boa atuação, participando de jogadas que, por pouco, não acabaram em gols nos 90 minutos iniciais, o jogador teve a responsabilidade de dar números finais às cobranças de pênaltis do Náutico. E não decepcionou.

REVIRAVOLTA

“Eu nem sei o que falar. Só tenho que agradecer a Deus por tudo que Ele tem feito na minha vida. Eu passei por um momento conturbado quando eu fiquei desempregado depois do Mônaco (em 2015), é isso aí. O que eu estou tendo é uma reviravolta na minha carreira, mas com a ajuda de todos aqui. Desde o ‘tiozinho’ que limpa o vestiário até o presidente, eu agradeço pela oportunidade. Essa torcida merece muito. Eu trabalhei bastante este ano. Passei por um período f**a no começo do ano aqui, mas, graças a Deus, Ele botou um homem abençoado aqui que é o Gilmar Dal Pozzo, tive oportunidade e está aí o resultado. O grupo merece”, comemorou.

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