sexta-feira, 8 de março de 2024

Petrobras lucra R$ 124,6 bilhões em 2023, uma queda de 33% em relação a 2022

 

FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL

A Petrobras registrou em 2023 lucro líquido de R$ 124,6 bilhões. O montante é o segundo mais alto na história da companhia e vem acompanhado do segundo maior Ebitda da história, R$ 262,2 bilhões, e do segundo maior fluxo de caixa operacional - R$ 215,7 bilhões. Estes resultados foram sustentados pelos recordes operacionais ao longo do ano passado e pela bem-sucedida estratégia comercial para diesel e gasolina. Na comparação com 2022, o resultado representa uma redução de 33,8%. No ano imediatamente anterior, a empresa faturou R$ 188,3 bilhões, sendo o maior da série histórica.

Na comparação entre 2022 e 2023, o preço internacional do petróleo (Brent) caiu 18% e o diferencial de preço do diesel em relação ao petróleo (crackspread) caiu 23%.

“Mesmo neste cenário mais desafiador, batemos recordes atrás de recordes de produção, aumentamos os investimentos, reduzimos a dívida financeira e colocamos em operação quatro novas plataformas neste primeiro ano de gestão. Tudo isso com menor intensidade de emissões e mais eficiência. Por isso, celebramos as conquistas de 2023 e compartilhamos os ganhos com a sociedade brasileira”, destaca Jean Paul Prates, presidente da Petrobras.

INVESTIMENTO DA ESTATAL

Em 2023, a Petrobras investiu US$ 12,7 bilhões, um crescimento de 29% em relação ao ano anterior. Além disso, a companhia pagou R$ 240 bilhões em tributos à União e demais entes públicos. “Estamos mais próximos da sociedade. Um dos exemplos é que lançamos, nesta gestão, as maiores seleções de projetos socioambientais e culturais da história da Petrobras”, complementa Jean Paul.

ENDIVIDAMENTO

Outro resultado que se destaca nos dados financeiros da Petrobras em 2023 é a redução de US$ 1,2 bilhão na dívida financeira da empresa. A dívida bruta permanece controlada, no patamar de US$ 62,6 bilhões, mesmo após o aumento de US$ 10 bilhões referentes a arrendamentos, incluindo US$ 8,7 bilhões relativos ao afretamento das quatro novas plataformas de produção que iniciaram a produção em 2023: os FPSOs Anna Nery e Anita Garibaldi, no projeto de revitalização de Marlim e Voador, o FPSO Almirante Barroso, quinta unidade a entrar em operação no campo de Búzios, e o FPSO Sepetiba, segundo sistema definitivo de produção de Mero. Os afretamentos de plataformas passaram a ser considerados na dívida em 2019 pela norma contábil internacional (IFRS 16).

“Os resultados financeiros de 2023 mostram que estamos construindo uma Petrobras mais sólida, mais resiliente e capaz de gerar valor a longo prazo para seus sócios e para a sociedade. O crescimento da companhia também se refletirá no desenvolvimento socioeconômico do país. Os investimentos previstos no Plano Estratégico 2024-2028 têm o potencial de gerar 280 mil empregos diretos e indiretos”, destaca o diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores da Petrobras, Sérgio Caetano Leite.

“Este é o primeiro ano de uma jornada que levará a Petrobras a liderar a transição energética justa no Brasil de forma gradual e consciente. Vamos encarar os desafios aproveitando as sinergias com os nossos negócios e alavancados nas nossas expertises, nunca negligenciando a geração de valor econômico, como não poderia deixar de ser para uma empresa que quer manter-se competitiva e perpetuar valor para as gerações futuras”, disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.Do JC

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